“Quanto mais nos afastamos da capital, mais a situação piora”, diz presidente do Sinpol sobre as condições de trabalho dos Policiais Civis de Pernambuco

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Após nove dias de paralisação, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) anunciou, no dia 23, a suspensão da greve. Em entrevista ao Programa Painel, o presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti informou que, mesmo com a deflagração da greve, a categoria continuará lutando por direitos. 

Ele informou que os profissionais rejeitaram a proposta de aumento salarial feita pelo governo. “A categoria está completamente indignada com a forma que as coisas chegaram, com a forma como o Governo do Estado empurrou os reajustes, sem tratar com as outras questões e colocar um percentual  muito abaixo da inflação do período em que estamos”.

O governo enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto de lei com a proposta de aumento salarial de até 20%.  Rafael enfatizou que o Sinpol não participou das negociações. “Foi o único sindicato do estado que não estava  no Palácio, quando apresentaram a proposta e encaminharam para a assembleia legislativa, onde os servidores se deram por satisfeitos. Mas nós, os policiais civis, estamos completamente insatisfeitos com esse resultado”, contou.

Durante a entrevista, Cavalcanti fez um balanço da realidade das delegacias no interior do estado. “Quanto mais nos afastamos da capital, a situação piora. A gente ver que a realidade não muda, é um improviso total. Geralmente, são casas particulares que são mal adaptadas para funcionar como delegacia, são estruturas que não servem como uma unidade de investigação”, expôs o policial. 

Apesar da deflagração,a luta da categoria irá continuar dentro da regularidade. Rafael disse que irá lutar ”para que o governo do estado tenha responsabilidade com a segurança do povo e dar um tratamento adequado”, e que os policiais irão “trabalhar estritamente como mandam as leis”.