A conta de energia elétrica vem sendo cada vez mais sentida no bolso do consumidor. Em meio a condições desfavoráveis na geração do insumo, a busca por maneiras de reduzir o consumo e, consequentemente, o valor da conta de luz vem se tornando algo cada vez mais urgente. Para as famílias que conseguem concentrar seu consumo de energia no intervalo das 21h30 às 16h29, uma alternativa interessante e viável para garantir a redução é a tarifa branca – uma opção tarifária que estabelece valores diferenciados para o KW/h do que aqueles definidos para a tarifa convencional. Cálculos do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) feitos a partir das tarifas da Enel Distribuição São Paulo apontam que a economia na conta de energia com a adesão à tarifa branca poderia chegar a 15%.
Especialista técnico em Elétrica do SENAI Pernambuco, Frederico Cezar explica que o principal fator a ser considerado na hora de decidir entre a tarifa branca e a convencional é o perfil de consumo do cliente. Isso porque a tarifa branca é mais vantajosa para aqueles clientes que consomem mais energia fora dos chamados horários intermediários (16h30 às 17h29 e 20h30 às 21h29) e do horário de ponta (17h30 às 20h29). Nos fins de semana e feriados, incidirá também o valor do KW/h do horário fora de ponta. Vale ressaltar que esse sistema tarifário se aplica, apenas, a consumidores em baixa tensão, que para a nossa região, são aqueles que funcionam com tensão de fornecimento de 220v e de 380v.
“A tarifa branca pode ser uma boa opção em qualquer época do ano, mas também pode ser uma vilã se o perfil de consumo do cliente não for adequado a esse modelo tarifário. Então, é preciso avaliar os seus hábitos: se você passa mais tempo em casa durante o período diurno, pode valer à pena fazer a adesão, porque seu consumo tenderá a ser menor nos horários de ponta e intermediários. No entanto, é necessário ser bastante disciplinado”, ressalta o especialista. Na hora de fazer a análise do consumo, é importante observar o horário de uso de aparelhos como fritadeiras e chuveiros elétricos, ar-condicionado e ferro de passar, que costumam elevar a conta de energia.
A forma de adesão também é simples: basta entrar em contato com a distribuidora de energia elétrica e informar seu interesse na mudança. Após a confirmação da mudança, a concessionária realizará a instalação de um novo medidor na residência, que será capaz de registrar o consumo de acordo com o horário de uso. “Se perceber que não conseguiu se adaptar à tarifa branca, o consumidor poderá retornar ao sistema tarifário convencional. A distribuidora terá até 30 dias para atender à solicitação. No entanto, caso queira voltar para a tarifa branca, será necessário cumprir um prazo de carência de 180 dias”, detalha.
Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do SENAI – que atua na formação profissional e oferece serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação – conta ainda com a FIEPE, o SESI e o IEL. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. Já o IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.