MEC confirma que aluno poderá escolher área para 2º dia de prova do Enem

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(Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado)
Fachada do Ministério da Educação (MEC)

O MEC (Ministério da Educação) confirmou nesta quinta (17), em coletiva de imprensa, as mudanças previstas para o Enem. As alterações já haviam sido aprovadas em parecer do CNE (Conselho Nacional de Educação), na segunda-feira (14).
 

A principal mudança é que a partir de 2024 o candidato poderá escolher a área de conhecimento da prova do segundo dia. As alterações acontecem para alinhar o Enem ao novo ensino médio, que começou a ser implementado nas escolas públicas e privadas no início deste ano.
 

“O novo Enem valorizará ainda mais a capacidade de reflexão e análise, além de contemplar a flexibilidade curricular, permitindo que as aptidões e as escolhas dos nossos jovens sejam consideradas”, disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro.
 

Segundo a pasta, o primeiro dia de exame terá perguntas relacionadas a formação geral básica do aluno com foco nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. As questões, no entanto, serão interdisciplinares. Ainda nesta primeira etapa, os alunos ainda terão de redigir uma redação.
 

Já no segundo, o aluno responderá perguntas da área de conhecimento escolhida. O MEC irá oferecer quatro blocos de perguntas para os candidatos.
 

A ideia é que o candidato escolha o bloco de perguntas relacionado ao itinerário formativo que fez durante o ensino médio, mas também que esteja ligado ao curso superior que deseja tentar uma vaga.
 

“Quem vai definir [se serão perguntas abertas ou não] vai ser o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas”, informou o secretário de Educação Básica, Mauro Rabelo.

O órgão, responsável por elaborar e aplicar o Enem, deve construir as matrizes de referência e decidir o número de questões de cada prova, se elas serão discursivas, entre outros pontos.
 

Rabelo explicou que o MEC deve oferecer uma lista às universidades da relação das áreas de conhecimento com os cursos, mas as universidades terão autonomia para fazer essa seleção e decidir qual área está ligada a cada curso.
 

A pasta não estima o valor que deve ser gasto com as mudanças para o novo Enem.
 

O secretário de Educação Básica explicou ainda que alunos que fizerem curso técnico ao longo do ensino médio poderão ganhar uma bonificação, caso tenha relação com o curso escolhido na graduação.
 

Durante sua fala, o ministro da Educação falou que nos próximos dias o MEC irá divulgar um documento para ampliação do ensino técnico no país.
 

“Curso técnico e superior devem conversar, o conhecimento adquirido no ensino técnico não pode ser ignorado para acessar o ensino superior”, disse. “Queremos dar oportunidades para que um técnico possa continuar os estudos em um curso de engenharia civil, por exemplo.”
 

As novidades do Enem, como informado, acontecem devidas as mudanças no ensino médio. Entre os principais pontos de alterações na última etapa da educação básica está o aumento da carga horária e a possibilidade de os alunos escolherem parte das disciplinas que querem cursar.
 

Com a reforma, a carga horária dos alunos vai para 3 mil horas. Destas, 1.800 devem ser destinadas à formação geral, que são os conteúdos obrigatórios e outras 1.200 horas são chamadas de “parte flexível”, onde os alunos escolhem seus itinerários formativos.

(Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado)