O Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio05) vai investigar a conduta da bióloga Natasha Borges Silva, que fingiu ser uma pessoa com transtorno do espetro autista para ficar sem máscara de proteção contra a Covid-19 dentro de um shopping no Recife. Por nota, a entidade disse que recebeu várias denúncias desde que o caso veio à tona. Ela também será investigada pela Polícia Civil.
Segundo o CRBio05, a Comissão de Ética Profissional vai apurar as denúncias a respeito da conduta de Nathasha e analisar se ela feriu o código de ética da profissão. O número de denúncias feitas contra a profissional não foi informado.https://0949b3fcc5a604561ff65530827206ea.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O conselho explicou que não é permitida a prática de atos que comprometam a dignidade profissional. Além disso, é dever do profissional contribuir para a educação da comunidade por meio da divulgação de informações “cientificamente corretas” sobre assuntos que envolvam riscos à saúde, à vida e ao meio ambiente.
Caso seja confirmada a infração disciplinar, a bióloga poderá sofrer advertência, repreensão, multa de até dez vezes o valor da anuidade, suspensão do exercício profissional pelo prazo de até três anos ou até cancelamento do registro profissional.
A investigação da Polícia Civil será conduzida pela Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul. Em nota, a corporação afirmou que “ela será intimada a prestar depoimento”.
Na quinta-feira (24), Shopping RioMar se pronunciou sobre o caso, em duas notas. Na primeira, disse que recebeu com perplexidade o vídeo e que atua “sempre pautado pelo respeito, com ações voltadas ao debate sobre inclusão”, além de ter considerado as atitudes da bióloga “lamentáveis sob diversos aspectos”.
No segundo comunicado, o Shopping RioMar declarou que “repudia quem usa de uma causa justa e coletiva para obter vantagens individuais”. Além disso, explicou que o segurança “partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não tem poder de polícia”.
(G1 PE)