No primeiro trimestre deste ano, o Hospital Universitário registrou um número alarmante de vítimas de acidentes de trânsito, totalizando mais de 2 mil casos. Daniely Figueiredo, enfermeira e chefe da Vigilância em Saúde do HU-Univasf, expressou preocupação com os dados recentes.
“Desde o início do ano, ao longo dos anos, temos acompanhado que existe uma constância nesse número de vítimas de acidentes. No entanto, neste primeiro trimestre, ficamos um pouco assustados. Estamos com um hospital superlotado e a quantidade de pacientes que estão entrando é considerável. Já estamos com a média de 2.240 pacientes vítimas de acidentes atendidas neste ano. A grande maioria são homens de moto, com lesões das mais diversas, embora os membros inferiores sejam os mais atingidos, seguidos de membros superiores e cabeça”, detalhou Daniely.
Ela também comentou sobre o perfil dos acidentados e a gravidade das ocorrências: “A grande maioria dos pacientes são de acidentes leves, que são aqueles pacientes que são atendidos e saem, mas aqueles que têm um pouco mais de gravidade precisam ficar internados. Esses pacientes que ficam internados, a grande maioria necessita de cirurgias de ortopedia e entram para a fila de espera.”
O hospital, que atende mais de 50 municípios, observa uma alta demanda de acidentes, não apenas de Petrolina, mas também em virtude do sistema de regulação entre os estados e municípios. “Geralmente, a demanda aumenta por causa desse sistema de regulação entre os estados e municípios, mas a grande maioria dos atendimentos é aqui do município de Petrolina. Estamos falando de aproximadamente 69 a 72% ao longo desses anos”, explicou a enfermeira.
Daniely também mencionou ações para combater esse cenário. “Fazemos parte de um comitê que envolve vários órgãos, incluindo a Polícia Rodoviária Federal, o governo do estado e o município de Petrolina. Todos estão tentando unir esforços para tratar essa questão da educação no trânsito, cada um dentro da sua área, para tentar reduzir esses números.”