(Foto: Jonas Santos/Ascom Miguel Coelho)
Reunido com lideranças de todo o estado, o ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato a governador de Pernambuco, Miguel Coelho, lançou na manhã desta segunda-feira (13) as diretrizes do seu plano de governo. De acordo com Coelho, os pontos são resultado da colaboração de diversos setores da sociedade, com sugestões colhidas nas visitas feitas a mais de 100 municípios nos últimos meses. Entre as propostas está a meta de triplicar os investimentos no estado, atingindo o total de R$ 12 bilhões em quatro anos.
“Isso aqui não é uma obra pronta, o que estamos apresentando são as primeiras propostas de uma série de levantamento que fizemos, tem todo time por trás desse plano de governo, então quero aqui também expressar os nossos agradecimentos aos variados técnicos, professores, mestres, doutores, empresários, enfim, a sociedade civil foi ouvida. Aqui a gente coletou pela internet mais de 1500 propostas que foram analisadas nas visitas que fizemos a mais de 110 municípios do nosso estado e em cada uma delas recebemos informações, contextos sociais, realidades e desafios distintos que precisam ser encarados, então, com muito orgulho a gente apresenta o que a gente acredita que está precisando, é um Pernambuco de todos”, ressaltou.
Para Miguel, o atual governo não prioriza os anseios da população, acomodado nos 16 anos do PSB à frente da gestão estadual. “Pernambuco não tem dono, não pertence a um grupo, nem a outro, pertence ao povo pernambucano que quer voltar a ser ouvido, respeitados, priorizados, para que o estado possa sair destas tristes páginas que a gente vem enfrentando nos últimos anos nos mais variados índices que vamos apresentar”.
Antes de apresentar as propostas, o pré-candidato a governador listou alguns pontos que definem a realidade do estado. “Infelizmente, esse é o Pernambuco de verdade, não o da propaganda. Você anda o estado e infelizmente sente o pessimismo, a tristeza e, o que é pior, o sentimento de abandono de desesperança das pessoas dos mais variados segmentos e regiões do nosso estado”, lamentou.
De acordo com Miguel Coelho, Pernambuco é o vice-campeão do desemprego; é pior estado do Brasil para fazer negócio, vivencia um caos na saúde, tem as piores estradas do Brasil, faz o menor investimento público do Nordeste, tem recordes de homicídios, é o vice campeão do desemprego e têm Recife como a capital da pobreza.
“A realidade de algumas famílias que vivem na região metropolitana são de famílias que vivem com R$ 80. Isso não paga o botijão de gás para quem precisa alimentar seus filhos. Então é um desafio imenso que está colocado diante de nós para que possamos tomar o prumo das coisas”, apontou, completando que tais indicadores também refletem nos números da violência no estado.
“Isso aqui não serve para desmotivar, muito pelo contrário. Enquanto muitos veem isso aqui como um problema, a gente encontra oportunidade para mostrar como a política da transformação vai mudar a vida das pessoas no próximo ano, com as nossas ideias, com o nosso grupo e com a nossa força”, informou.
Sobre a falta d’água que assola todo o estado, Coelho apresenta como propostas um programa de parcerias e a privatização da Compesa. Sendo assim, a companhia será refundada mantendo os serviços de captação e tratamento da água. Já a concessão da distribuição e do saneamento à iniciativa privada deve gerar R$ 8 bilhões, que se somarão à capacidade atual de investimento do estado, que representa R$ 4 bilhões. “Com esses recursos, daremos um salto no desenvolvimento do estado, com obras de infraestrutura e investimentos em políticas públicas que vão recuperar o protagonismo e a força de Pernambuco”, disse Miguel Coelho.
Miguel também quer transformar Pernambuco em estado amigo da criança por meio da criação de 44 mil novas vagas em creches em parceria com as prefeituras. Com isso, a meta é reduzir o déficit atual em 30%.
Já o programa Estado de Paz prevê R$ 1 bilhão em investimentos em inteligência e modernização, além da integração de 9 mil guardas municipais às forças de segurança do Estado. “O Pacto pela Vida faliu, acabou, não existe mais. O que funciona em política de segurança pública é o trabalho de prevenção, que envolve políticas sociais, de educação e de saúde, mas, acima de tudo, uma polícia que seja respeitada e valorizada. A gente não pode estar passando a mão na cabeça de bandido. Temos que proteger os nossos policiais para que possam cumprir o seu papel, porque eles representam a força do Estado”, disse Miguel Coelho.
O Plano de Governo do pré-candidato Miguel Coelho também inclui um amplo programa de recuperação das estradas e a duplicação de 300 quilômetros das rodovias mais movimentadas de Pernambuco, como a BR-232. Além disso, ele pretende construir o Arco Metropolitano e a estadualizar o metrô para fazer a concessão à iniciativa privada, com a integração do serviço ao sistema de transportes de ônibus e ao complementar.