Abrafrutas acompanha negociações entre Brasil e EUA com esperança de manter mercado americano atrativo para frutas brasileiras

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A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) informou que seguirá acompanhando as negociações entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos diante da decisão dos EUA de aumentar para 50% a tarifa sobre importações brasileiras, válida a partir da meia-noite do dia 6 de agosto.

Em nota oficial, a Abrafrutas destacou:

“A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) seguirá acompanhando as negociações entre os governos dos dois países com a expectativa de um acordo que mantenha o mercado americano atrativo para as frutas brasileiras. A associação também continua apoiando os seus associados na interlocução com os importadores americanos e com o governo brasileiro na busca de medidas que possam mitigar prejuízos.”

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a nova tarifa pode impactar diretamente cerca de US\$ 5,8 bilhões em exportações brasileiras para os Estados Unidos, atingindo produtos como manga, uva, melão e outras commodities essenciais para a balança comercial do país.

Paulo Dantas, diretor da Agrodan — maior exportadora brasileira de manga, com 1.300 hectares de cultivo no Vale do São Francisco — alerta para o impacto sobre pequenos e médios produtores:
“Muita gente planta pensando exclusivamente no mercado americano, especialmente da variedade Tommy, que responde por cerca de 70% do que é enviado para os Estados Unidos.” Segundo ele, os produtores de manga da região estimam perdas da ordem de R\$ 80 milhões devido à tarifa.

A sobretaxa de 50% eleva a tarifa anterior de 10%, anunciada meses atrás, e impõe uma pressão sem precedentes sobre a cadeia produtiva brasileira que exporta para o mercado norte-americano. A expectativa é que, com o acompanhamento da Abrafrutas e o engajamento das autoridades, seja possível encontrar caminhos para mitigar os prejuízos e garantir que o mercado americano continue acessível para as frutas brasileiras.