Na manhã desta sexta-feira (11), o homem acusado de matar a professora Mary Vânia de Almeida vai passar pela primeira audiência de instrução do caso. No dia 18 de abril de 1998, Nilson Caxias de Souza matou a então namorada, com três facadas. O crime aconteceu dentro da casa da vítima, no Centro de Petrolina. A filha da professora, que na época tinha apenas 7 anos, testemunhou o crime.
Apesar de toda a repercussão que o crime teve na época, o acusado só foi preso em setembro do ano passado, na cidade de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. Nilson levava uma vida normal, casado, com três filhos, casa própria e trabalhando com frete. O crime só não prescreveu porque em 2014 o juiz suspendeu a prescrição até a prisão do suspeito.
Mesmo com Nilson sendo preso em setembro, a família da vítima só tomou conhecimento em abril. “Essa sensação de impunidade tem sido muito difícil. Ele destruiu minha família, tirou de mim a minha mãe e seguiu a vida dele como se nada tivesse acontecido, como se minha mãe não fosse nada, a vida dela não fosse nada. Ele seguiu com a esposa, com os filhos, tendo uma vida normal”, afirma Jéssica.
Nilson Caxias está cumprindo prisão domiciliar em Simões Filho desde fevereiro. A primeira audiência de instrução acontece de forma online. A justiça vai definir se ele vai ou não a júri popular. 23 anos depois, a filha da vítima espera por justiça.
“As provas contra ele são muito contundentes. Foi na minha frente, eu vi tudo. Desde meus sete anos que eu reafirmo que foi ele. A empregada da casa também viu ele saindo, ela também presenciou ele dentro da casa, o que aconteceu com minha mãe. Estamos indo agora para justiça para ver se depois de tantos anos a gente tem o mínimo de justiça por minha mãe.
De acordo com Jéssica, “o crime está sendo pedido que seja duplamente qualificado. Então, a gente estaria indo para uma condenação de no mínimo 12 anos, por causa das qualificações”.
O promotor de justiça que acompanha o caso, Fernando Della Latta, informou que vai se pronunciar após a audiência. (Fonte: G1 Petrolina)