Advogada defende fim do abate de jumentos no Brasil e aponta risco de extinção da espécie

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Foto: Katellyn Tavares

O fim do abate de jumentos no Brasil foi o tema discutido no Nossa Voz desta quarta-feira (02) com a participação da advogada Pâmela Durando no estúdio da Grande Rio FM. O colágeno do animal tem sido extraído para exportação e uso na medicina chinesa.

De acordo com Pâmela, a captura e o abate estão sendo realizados em três abatedouros da Bahia. O funcionamento é feito de forma regular pois não existe proibição do abate desses animais. “A grande questão é como isso funciona, já que nós não temos um manejo de produção.  Esse abate indiscriminado acaba trazendo tanto o risco de extinção da espécie por não haver cadeia de produção, como também existe o risco de biossegurança pelas condições em que acontecem”.

“Existe uma ação civil pública no TRF1 que já determinou inclusive a suspensão desses abates, devido justamente a essa cadeia irregular, porque o fato é, se nós não temos produção, o nosso manejo de extrativismo que tem acontecido de forma indiscriminada e sem nenhum tipo de controle desde 2016 tem acarretado na redução exponencial desses animais”, afirma. 

Ainda de acordo com Pâmela, esse produto que a China utiliza é capturado em vários países e a luta contra o abate do animal é internacional. “Os animais são utilizados normalmente enquanto jovens, enquanto saudáveis, depois eles são descartados nas pistas como isso é um grande problema pra nós. Existem os atravessadores desse mercado internacional, é um mercado que trata com valores muito altos, cada jumento fica em torno de quatro mil dólares, porque o produto é extremamente caro”.

Confira a entrevista completa no Nossa Voz.