A advogada e influencer Deolane Bezerra, presa no Recife desde a última quarta-feira, investigada por esquema ilícito envolvendo jogos eletrônicos, divulgou carta em seu perfil nas redes sociais.
Há expectativa de que um habeas corpus dos seus advogados possa ser analisado nesta segunda-feira pelo judiciário. Por enquanto, ela segue na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, na Zona Oeste do Recife.
A influencer já havia escrito uma carta para seus seguidores alegando inocência. Na operação, a polícia apreendeu cerca de R$ 3 bilhões em dinheiro em espécie e em bens, como carros de luxo, joias e aeronaves.
Agora, ela explica que “segue aguardando os prazos” e apela para a sensibilidade dos fãs, dizendo que a vida não é fácil para uma mulher “nordestina, mãe solo, criada por mãe solo, vinda da comunidade”.
“Boa tarde, povo! Olha eu aqui de novo. Tá demorando, né? Sim, as coisas para mim sempre foram mais difíceis. Mas, como operadora do direito, sigo aguardando os prazos.
Sou filha do Altíssimo e tenho certeza que tudo que eu venho passando é para firmar a minha fé naquele que sempre me colocou de pé.
Não é fácil uma mulher nordestina, mãe solo, criada por mãe solo, vinda da comunidade, chegar aonde eu cheguei. As provações são gigantes, e irei passar por todas elas.
Agradeço imensamente o carinho e o apoio de todos. Tenham certeza que não irão se arrepender. Afirmo com todo o respeito que tenho por vocês, sou inocente e não há uma prova sequer.
Um grande beijo,
Deolane”.
Entenda operação que prendeu Deolane
A operação da Polícia Civil, no Recife, identificou que a organização criminosa investigada teria praticado crimes como lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
O grupo atuava em ao menos 11 ramos, incluindo eventos, casas de câmbio e seguros, publicidades. A lavagem de dinheiro ocorria via depósitos e transações bancárias.
A 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife determinou o cumprimento de 19 mandados de prisão preventiva e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar em Pernambuco, na Paraíba, em São Paulo, no Paraná, em Goiás e Minas Gerais.
A Operação Integration recolheu à Justiça 17 carros de luxo e 38 veículos restritos no Renajud, sistema de restrição judicial de veículos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mais de cem imóveis, quatro aviões e sete embarcações.
Houve bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras. Os investigados entregaram passaportes. E os portes de arma de fogo deles foram suspensos, com os registros cancelados.
O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da empresa Esportes da Sorte, também foi alvo da operação e se entregou à Justiça.
Fonte: JC
