O presidente da Compesa, Alex Campos, conduziu a segunda edição da iniciativa “Compesa Itinerante” nesta quarta-feira, 4 de setembro, na cidade de Petrolina. O programa visa visitar diferentes municípios de Pernambuco para avaliar a realidade hídrica local, conversar com profissionais da empresa, visitar unidades operacionais e anunciar novos investimentos. A primeira ação ocorreu no mês passado em Caruaru, e outras cidades também serão contempladas.
Na manhã de hoje, Campos realizou uma coletiva de imprensa na sede da gerência local da Compesa, onde detalhou os investimentos e as ações planejadas para melhorar o abastecimento de água e o esgotamento sanitário em Petrolina. O destaque foi o anúncio de um aporte significativo de R$ 100 milhões destinados exclusivamente à cidade.
Alex Campos iniciou sua fala destacando que Petrolina já apresenta uma cobertura de 92% de abastecimento diário de água, uma situação comparativamente melhor do que muitas outras cidades pernambucanas. “Petrolina já convive com um regime de abastecimento diário, algo que muitas cidades vizinhas ainda enfrentam como um desafio. Por exemplo, cidades como Santa Cruz do Capibaribe enfrentam situações críticas com quatro dias de água seguidos por 26 dias sem abastecimento, e São Bento do Una com cinco dias de água e 25 dias sem. Essa realidade é um drama para essas cidades, mas Petrolina não enfrenta essas dificuldades com a mesma intensidade.”
Campos ressaltou que, apesar das boas condições de abastecimento em Petrolina, a empresa está comprometida em melhorar ainda mais o sistema. “Precisamos trabalhar para melhorar a pressão da água e garantir que não haja intermitências durante o dia. As novas intervenções, incluindo uma nova estação de tratamento de água, visam solucionar essas questões e consolidar a qualidade do serviço em Petrolina.”
O presidente da Compesa detalhou que o investimento de R$ 100 milhões será aplicado em três projetos principais voltados para a melhoria do esgotamento sanitário e do abastecimento de água. “Apresentamos recentemente ao Fundo Regional da Eletrobras um projeto de R$ 100 milhões, voltado para o esgotamento sanitário de Petrolina. Esse fundo é dedicado a compensações pela privatização da empresa e dispõe anualmente de cerca de R$ 350 milhões para água e esgoto. Os recursos também contarão com o apoio do MDB e do governo federal, o que nos dá uma expectativa positiva em relação aos resultados.”
Alex Campos também abordou a questão da drenagem da cidade. Atualmente, apenas 8% de Petrolina é drenado, o que causa problemas quando as águas pluviais invadem os sistemas de esgoto, resultando em desafios operacionais. “Autorizamos a compra de novas bombas e sistemas para melhorar a drenagem. Além disso, estamos contratando novas equipes para a recuperação de pavimentos e reforçando nossa frota de caminhões e equipamentos para sucção de esgoto. É um esforço significativo para lidar com as dificuldades que a cidade enfrenta nesse aspecto.”
Campos também enfatizou a importância do projeto de uma nova estação de tratamento de água. “Estamos trabalhando na construção de uma nova estação de tratamento que fornecerá um ‘pulmão’ necessário para resolver problemas de baixa pressão em algumas áreas da cidade. Petrolina é uma cidade em expansão, uma locomotiva econômica de Pernambuco, e precisa de um sistema de abastecimento que corresponda à sua importância e crescimento.”
Ele destacou ainda a importância da ação da governadora Raquel Lira e o esforço coordenado para assegurar que Petrolina mantenha seu padrão de excelência em abastecimento. “A governadora Raquel Lira tem liderado esse esforço para garantir que Petrolina avance no ritmo que já alcançou. É uma cidade que se destaca por sua importância econômica e, por isso, merece investimentos adequados para manter e melhorar seu sistema de abastecimento.”
Alex Campos também abordou os desafios de implementar grandes projetos que exigem muito tempo e recursos. “Estamos estudando alternativas técnicas para antecipar e reduzir o tempo e o custo de grandes projetos. Estamos estruturando um projeto menor, mas que ainda assim possa trazer melhorias significativas para cidades que enfrentam problemas críticos de abastecimento.”