Alta da energia reduz PIB em 0,11% e corta 166 mil empregos

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Um dos grandes vilões da inflação este ano, a alta na conta de energia vai causar uma perda de 0,11% no Produto Interno Bruto (PIB) e de 166 mil empregos somente este ano. Os dados são de estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta quarta-feira (3). Segundo a entidade, o custo maior também vai gerar um corte de 0,19% no PIB de 290 mil vagas de trabalho no próximo ano, em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021.

Segundo a CNI, a conta de luz deve ter aumento médio de 18,80% em 2022, em decorrência da crise hídrica. O valor considera que a bandeira tarifária de escassez hídrica – criada este ano e que taxa em R$ 14,20 cada 100 kWh – terá vigência até abril do ano que vem.

Sozinho, o PIB industrial, relativo à indústria total (transformação, serviços industriais e a construção) deve sofrer com redução de 0,17%, equivalente a uma perda de R$ 2,2 bilhões a preços de 2020.Neste ano, o emprego na indústria total deve cair 0,20%, o equivalente a uma perda de 33,9 mil vagas de trabalho. Além do próprio setor de energia elétrica setores industriais mais afetados: gás natural, metalurgia, peças e acessórios para veículos automotores, ferro gusa e ferroligas, siderurgia e tubos de aço, produtos de madeira, mineração, têxteis, celulose e papel.

O presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, afirma que, atualmente, 16 encargos, impostos e taxas setoriais incidem sobre a tarifa de energia elétrica e correspondem a 47% do custo total da tarifa. “O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais e os erros regulatórios tornaram a energia elétrica paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira”, reclamou o executivo. (CNN Brasil).