Dona Josepha e Coronel Quelê, tiveram 17 filhos criados com fortes valores de retidão, fé em Deus e preocupação com próximo. Com isso, formaram conhecidos expoentes da política. Na Bahia, Gercino Coelho. Em Pernambuco, Nilo Coelho, José Coelho, Geraldo Coelho, Osvaldo Coelho, Augusto Coelho. Mas essa é a história que todos conhecem.
O que poucos sabem é que por trás dessa força havia uma amizade e admiração mútua sem fim. Algo inquebrável, maior que as divergências ou adversidades. “Meu pai sempre ressaltava a importância da união entre os irmãos e certa vez segurando um lápis nos falou que apenas um era fácil de quebrar. Porém ao reunir vários em suas mãos, o dano era quase impossível”, dizia Osvaldo Coelho numa entrevista ao Nossa Voz. Se estivesse vivo, o Braço Forte do Sertão completaria hoje 89 anos.
Sendo assim, uma das várias provas dessa união que transcende, é que quando já vivíamos uma saudade sem fim do eterno deputado, no dia em que Dr. Osvaldo completaria 86 anos, Geraldo Coelho nos deixou. E quem poderia esquecer a queixa de Dr. Geraldo ao chegar no velório do irmão mais novo? “Osvaldo, você me disse que voltaria para Petrolina e eu te encontro no caixão?!”, questionou na época o Trator do Sertão.
Mesmo ausentes do plano terrestre, o legado dessa dupla permanece mais vivo do que nunca. Em cada técnico formado no IF Sertão, a cada filho de sertanejo formado na Universidade Federal do Vale do São Francisco, em cada aguada formada, em cada poço perfurado, em cada fruta exportada, tem um pouco deles ali. Porque temos solo, temos sol, temos o Rio São Francisco e graças a dedicação de homens como Osvaldo e Geraldo Coelho, vivenciamos um cenário próspero de economia estável. Outras regiões semiáridas não tiveram a mesma sorte, mas viviam nos sonhos de Dr. Osvaldo com a concretização do Canal do Sertão. Faltou tempo para lutar pela sua construção. Permanece a esperança nas novas gerações.
“Nós somos filhos da seca. Ela é a dona de nossas vidas. Ela nos impõe todos os sofrimentos: A fome, a sede, a pobreza. As novas gerações devem ser filhas da irrigação das águas do São Francisco. Livres, prósperas, felizes”, sonhou Osvaldo de Souza Coelho.