O deputado estadual Antonio Coelho (DEM) classificou como “mito” e “ficção” a percepção fomentada pelo Governo de Pernambuco de que o Estado vai bem e ficará ainda melhor após alcançar a permissão junto ao Tesouro Nacional para retomar operações de crédito a partir de 2022. O líder da Oposição na Assembleia Legislativa contestou a ideia de que a gestão do PSB se preocupa com o social repassada pelo secretário da Fazenda, Décio Padilha, durante apresentação do Relatório de Gestão Fiscal do Primeiro Quadrimestre de 2021, realizada nesta sexta-feira (28), ao longo da reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Casa.
“A maior ficção que o PSB conseguiu passar para o povo pernambucano é de que eles fazem uma gestão preocupada com o social. E nada podia estar mais longe da verdade do que isso”, destacou o parlamentar, referindo-se, na sequência, à redução de investimentos em áreas como educação e segurança pública. Ambos foram apontados pelo democrata como exemplo desse cenário fantasioso criado pela gestão socialista para maquiar a realidade vivida no Estado.
“Na gestão Paulo Câmara, a gente tem um orçamento 30% menor na educação. Para comprovar, basta ir em qualquer escola estadual e ver os milagres que os gestores estão fazendo com cada vez menos recursos”, exemplificou.
O parlamentar prosseguiu, ressaltando que a preocupação se amplia diante da constatação de que o governo estadual segue reduzindo o investimento na área social. “Na segurança pública, por exemplo, houve um decréscimo de 12,1% neste primeiro quadrimestre de 2021. E isso gera muita preocupação, sobretudo nesse momento da volta da violência em todo o Estado, com a taxa de homicídios subindo mais de 8%”, observou Antonio Coelho, assegurando que a Oposição seguirá vigilante.
Por fim, o democrata ressaltou a importância do governo federal em socorrer os estados neste momento de crise sanitária provocada pelo coronavírus. “O apoio do governo federal tem sido crucial. Em 2020, o governo Bolsonaro enviou mais de R$ 3 bilhões para o Estado. Foi isso que evitou o colapso fiscal e está ajudando a recuperação da capacidade de crédito do governo pernambucano. É isso que vai possibilitar algo que Paulo Câmara não conseguiu em sete anos de gestão: a volta de bons investimentos para a nossa infraestrutura”, frisou o oposicionista.