Foi aberto para atendimento na manhã desta segunda-feira, o hospital de campanha de Juazeiro para pacientes infectados pelo novo coronavírus. A unidade conta com 30 leitos intermediários, com capacidade de ampliação para 60, caso seja necessário. A implantação foi resultado de uma parceria com o Governo do Estado da Bahia, que também ampliou a assistência para os casos graves da Covid-19 em Paulo Afonso, Remanso, Casa Nova e Senhor do Bonfim.
De acordo com o prefeito, Paulo Bomfim, fez questão de fixar que a abertura do hospital de campanha não deve significar um relaxamento das medidas de prevenção.
“Abrimos aqui a UPA exclusiva para a Covid-19 e agora a Prefeitura de Juazeiro está abrindo o hospital de campanha para salvar a vida das pessoas. Esse é o nosso objetivo. Agora nada disso será suficiente se a população não entender qual é o papel dela nesse momento. Nós estamos no meio de uma pandemia, já perdemos mais de 100 mil brasileiros e a gente precisa de fato se proteger. Quem precisar sair de casa, saia usando máscara, faça a higienização pessoal e assim vamos conseguir combater o coronavírus”, ressaltou.
Segundo a secretária de saúde, Fabíola Ribeiro, a implantação dessa unidade minimiza a necessidade de deslocamento por falta de leitos intermediários em Juazeiro.
“Estamos entregando 30 leitos com equipe, equipamentos, medicação e insumos para quem vier aqui seja assistido. E quando o espaço chegar a uma ocupação de 60% ou 70% a gente amplia. O foco prioritário é que a gente evite que pacientes da nossa cidade sejam removidos de leitos intermediários para Remanso, Senhor do Bonfim, para municípios próximos, porque isso estava acontecendo sim. Então o que a gente buscou com essa estrutura aqui foi realmente garantir que a população não precise ser transferida por leitos intermediários”, destacou.
UTIs
Nos casos mais graves, a cidade permanecerá utilizando a Rede PEBA, sempre que necessário. “A gente continua com a situação em relação a leitos de UTI. Ampliamos unidades de terapia intensiva dentro do Regional, mas pode ocorrer ainda de uma necessidade de transferência por leitos de UTI”, detalhou Fabíola.
Mas, para evitar essa situação, a secretária, que também é médica, reforça que as pessoas com suspeita ou confirmação de contágio pelo novo coronavírus busquem atendimento médico ao sentir complicações nos seus quadros clínicos.
“A população precisa ter o cuidado de vir para o hospital de forma precoce. Os pacientes ainda estão chegando as unidades de saúde com grau de gravidade elevado. Isso tem feito com que os nossos leitos de UTIs estejam sempre mais ocupados que os leitos intermediários. Esse espaço também é um trabalho em conjunto com a Atenção Básica. E a gente tem buscando que as pessoas quem tem fatores de risco sejam direcionados para cá antes de necessitar de um leito de UTI. Então, o que a gente também reforça: internação precoce, evitar que os pacientes já cheguem aqui com saturação de 60%, 70% precisando serem entubados”, finalizou.
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