Ao analisar gestão Simão Durando, Júlio Lóssio Filho dispara: “Governante que foi colocado lá para ser governado”

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Para o advogado Júlio Lóssio Filho, após mais de um ano e meio após assumir o cargo de prefeito de Petrolina, Simão Durando ainda não imprimiu sua marca na gestão municipal. Em entrevista ao Nossa Voz, Julinho, como é conhecido, apontou que Simão seria um líder, obedecendo às ordens do ex-prefeito e seu companheiro de chapa em 2020, Miguel Coelho. 

“Petrolina, historicamente, sempre teve prefeitos líderes, que lideravam essa cidade. Foi assim com Fernando [Bezerra Coelho], foi assim com Odacy, com Júlio, com Guilherme, foi assim com o próprio Miguel. Hoje, infelizmente, Petrolina não tem um líder, tem um liderado. Se você olhar as fotos de programas relevantes, sempre tem alguém, um papagaiozinho aqui do lado. Sempre tem alguém, ou é Miguel, ou é Fernando, ou Fernandinho, sempre tem alguém conduzindo aquela reunião. Então, eu acho que Petrolina não precisa de um liderado. Petrolina precisa de um líder que possa resolver as questões urgentes da nossa cidade sem ligar para ninguém. Num momento de emergência, de precisão, ele possa tomar a decisão por si”, criticou. 

Segundo Júlio Lóssio Filho, “Petrolina não pode ter um governante que foi colocado lá para ser governado”. E para comprovar seus argumentos, ele sugeriu. “Dê uma voltinha na rua, pergunte às pessoas, aos comerciantes e grandes empresários da nossa cidade que precisaram de alguma demanda junto a prefeitura, quem tomou a decisão. Isso é o que a gente escuta em todos os lugares e o que dá a impressão”. 

Os reflexos dessa postura atribuída ao prefeito traz consequências para a cidade, na opinião do advogado. “Falta liderança à sua equipe, aos rumos da cidade, falta pulso para conduzir o que precisa ser conduzido e isso reflete diretamente no que estamos vendo”, opinou, citando a ausência de fardas para os alunos da rede municipal de ensino nos tamanhos de 10 e 12 anos, como exemplo. 

Questionado se Durando não estaria fazendo nada pela cidade, o ex-candidato a prefeito de Petrolina concluiu seu diagnóstico. “Eu não estou dizendo que Simão não está fazendo nada. Petrolina é uma cidade grande com muitos recursos, com muito dinheiro. Ele não faz nada, é uma incompetência absurda, não estou dizendo isso. Eu estou dizendo que Petrolina precisa de um líder para pensar a cidade, para entender o que é prioridade, o que é preciso fazer com urgência para dar um freio de arrumação e dizer que ‘não é possível , no mês sete, a gente ainda tenha problemas de fardas’. Para que ele possa chegar no posto de saúde do Terras do Sul, onde está faltando dipirona, e dizer que isso é inadmissível, reconhecendo a necessidade de dar um freio de arrumação nisso. É isso que um líder precisa fazer, não é só tocar o barco”, concluiu.