No dia seguinte à apresentação de um relatório encomendado pelo PL que questiona o resultado do segundo turno das eleições democráticas deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a frequentar Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (23). A presença de Bolsonaro neste local, que é o prédio onde trabalha o chefe do Executivo, é aguardada desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 30 de outubro.
Jair Bolsonaro, portanto, ficou 20 dias recluso no Palácio da Alvorada – moradia oficial do presidente da República. Sobre o “sumiço” do presidente derrotado nas eleições, o seu candidato a vice no pleito deste ano, Walter Braga Netto (PL), disse, na última quinta-feira (17), que ele se recuperava de uma infecção na perna.
Além de Braga Netto, a justificativa da infecção na perna de Bolsonaro foi apontada como motivo de sua ausência no Planalto pelo vice-presidente da República e senador eleito, Hamilton Mourão (Republicanos).
Atendimento médico
Embora não se refira à infecção na perna, a saúde de Jair Bolsonaro pautou discussões políticas na semana passada. Isso porque, segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo por meio fontes do Gabinete de Segurança Institucional, o presidente da República estava com dores abdominais e teve de ser atendido no Hospital das Forças Armadas (HFA). Ainda de acordo com a publicação, os médicos propuseram fazer uma cirurgia no presidente.
Diante disso, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que Bolsonaro não havia sido internado no HFA. Além dela, o ex-ministro Fábio Wajngarten afirmou, em entrevista ao Correio, que o presidente não havia, sequer, sido atendido por médicos, naquele dia.
Governo de transição
Enquanto Bolsonaro estava na Alvorada, seu ministro da Casa-Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), começou o processo de transição com o futuro vice-presidente Geraldo Alckimin que ocupa o Cargo Especial de Transição do Governo. Desde então, o psdebista está à frente dos grupos de discussão sobre como serão as políticas públicas no governo Lula, a partir do próximo ano.
Segundo Alckimin, as prioridades do governo de transição serão: fazer um bom projeto de defesa estratégica para o país que, de acordo com o vice, é extremamente relevante; cobrir o programa de governo estabelecido; ter bons nomes para formação do grupo, entre os civis e das forças.
(Diário de Pernambuco)