Após contas reprovadas pelo TCE, ex-prefeito de Santa Maria da Boa Vista afirma que decisão não o torna inelegível

0
Humberto Mendes (PSB). Foto: Anderson Guimarães

Em entrevista ao programa Nossa Voz da rádio Boa Vista FM, o ex-prefeito do município, Humberto Mendes (PSB), falou sobre a recomendação do TCE. O órgão emitiu um parecer prévio na sessão do dia 16 de março reprovando as contas de 2020 do ex-gestor.

De acordo com o TCE, o ex-prefeito “comprometeu gestões futuras, que terão que arcar com o pagamento de débitos previdenciários, na medida em que não procedeu ao recolhimento oportuno de valores, contribuindo para agravar a precária situação do sistema previdenciário municipal, às voltas com expressivo déficit financeiro”, gerando um resultado previdenciário negativo de mais de R$ 10 milhões.

“A gente tem ciência e consciência daquilo que fizemos em nossa gestão, o tribunal emitiu um parecer prévio que ainda cabe recurso ao pleno do Tribunal de Contas do Estado, e a gente vai manejar esse recurso dentro do prazo legal”, afirmou Mendes.

O ex-prefeito disse ainda que o parecer não aponta irregularidades graves, a exemplo de devolução de recursos, “apenas como a gente tem visto em muitas contas de prefeitos anteriores, de que o percentual de pessoal que a gente não consegue cumprir devido a escassez de recursos que a gente recebe no município, e também devido ao tamanho da folha, quantidade de servidores. Em relação a previdência do no nosso município, não fui o único prefeito a deixar de repassar parte dos valores para o PREVBOA, outros prefeitos também deixaram, e em valores ainda superiores”, destacou.

Segundo Humberto, essa recomendação, mesmo sendo seguida pela câmara de vereadores de Santa Maria da Boa Vista, não o deixaria inelegível, como tem circulado. “Quero tranquilizar os nossos amigos, aliados, estou elegível para as próximas eleições, o resultado desse julgamento não torna Humberto Mendes inelegível, posso concorrer, pois, não é simplesmente a conta ser julgada irregular que torna um candidato inelegível, tem outros fatores, e esses fatores não estão presentes nesta decisão”, enfatizou.