Num evento marcado pela emoção, Miguel Coelho renunciou nesta quarta-feira (30) ao mandato de prefeito de Petrolina. A medida é necessária para validar posteriormente a candidatura ao governo de Pernambuco. Desde o ato de filiação ao Democratas, hoje federalizado com PSL formando o União Brasil, que o jovem político já havia confirmado a sua pré-candidatura a governador e segue visitando as diversas regiões do Estado, arregimentando aliados.
Questionado sobre os sentimentos que permearam esta noite, Miguel listou a plenitude e a gratidão como predominantes. “Por tudo que a gente vivenciou nestes últimos cinco anos e três meses, mas também um sentimento de dever cumprido porque a gente honrou cada voto, cada promessa que a gente fez. A gente teve no primeiro mandato mais de 90% do nosso programa de governo entregue e agora, já no segundo, mesmo com com menos de dois anos a gente já fez quase 50%”.
Apesar de convicto com a escolha, o agora ex-prefeito de Petrolina confessa não ter sido fácil. “É óbvio que a renúncia não é algo simples, mas não estou renunciando para ficar em casa, estou renunciando porque o povo de Pernambuco está convocando um filho de Petrolina para poder, graças ao trabalho que a gente aqui desenvolveu, levar ao Estado esse modelo de poder resgatar, recuperar o tempo perdido, fazer Pernambuco voltar a crescer. Então, sem dúvida alguma, é um motivo de muito orgulho e união do nosso Sertão, do interior do nosso Estado, e que agora, a gente tem que andar todo Pernambuco para consolidar essa bonita campanha”.
Miguel também reafirma a confiança em Simão Durando à frente da Prefeitura de Petrolina. “Sentimento de confiança plena nele. Você não vira vice-prefeito se não tiver relação com o prefeito, é um cargo muito próximo do prefeito. (…) O povo de Petrolina também iria confiar nele, afinal de conta, votou na chapa que tinha Miguel e Simão, então ele também recebeu os mais de 121 mil votos e eu tenho plena confiança, tranquilidade, serenidade, que ele será um grande prefeito e vai dar continuidade ao trabalho que nós iniciamos”.
Com a liberdade de trabalhar seu nome em todas as regiões do estado, Miguel acredita que em breve estará entre os preferidos do eleitorado pernambucano. Ele demonstrou isso ao comentar a mais recente pesquisa de intenção de votos. Acho que é resultado do trabalho, mas eu não me preocupo com pesquisas onde apresenta números crescentes. “Tenho muita humildade e serenidade na estratégia que nós montamos. É óbvio que eu sei que sou o candidato mais desconhecido porque parto da região menos populosa, então, isso é natural, mas estou com muita determinação. Do bloco de oposição somos o candidato com mais apoios de prefeitos, ex-prefeitos, deputados estaduais candidatos à federais, temos o maior tempo de televisão e isso vai ser importante no momento da campanha, o que nos dará visibilidade, principalmente nas regiões metropolitanas e no agreste que são áreas que a gente não é tão conhecido como o Sertão”
Sobre o ingresso de Marília Arraes entre os nomes de pré-candidatos ao governo, Miguel não considerou haver prejuízos e até confirmou conversas entre os integrantes da oposição. “A gente tem conversado com todos os atores, enfim, da oposição, mas até acredito que terá uma composição mais na frente. Acho que não saem os quatro, é natural que possa ter três, não menos do que isso também, não acredito. Mas, com qualquer composição isso muda. Marília entrou no cenário há 10 dias, então, é natural que isso tenha uma reacomodação e gere um novo cenário. Eu estou muito tranquilo, até porque se essa pesquisa for verdade, eu fui o que menos perdi com a entrada de Marília, diferente de outros, então, mostra o quanto estamos consolidados e construindo um caminho muito bem pavimentado. É óbvio que, a eleição termina até o dia 30 de outubro, daqui a até lá tem muita coisa para acontecer”, antecipou.