Para fortalecer cada vez mais os agricultores familiares de Petrolina, no sertão de Pernambuco, uma equipe composta por membros da prefeitura, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) realizou visita técnica em Paulistana-PI, para conhecer de perto a efetividade da tecnologia ‘Sisteminha Embrapa’, idealizada pela Embrapa Cocais de São Luís do Maranhão.
O objetivo dessa visita é aplicar o projeto na Califórnia Sertaneja para promover melhorias na economia local através do fortalecimento da agricultura familiar. Estiveram presentes no encontro o secretário de Agricultura, Gilberto Melo, o consultor da Embrapa Semiárido, Gilberto Pires, o idealizador do ‘Sisteminha Embrapa’, Luiz Guilherme (Embrapa cocais), a pesquisadora Salete Alves de Moraes, o professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Renner Cordeiro, o técnico do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI), Elizandro de Souza, e a coordenadora de apoio da comunidade quilombola, Milena Martins.
O ‘Sisteminha’ foi elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e difundido na região através de unidade amostral montada pela Univasf. Para o secretário de Agricultura de Petrolina, Gilberto Melo, a iniciativa poderá ser replicada no município e contará com emenda do deputado federal Fernando Filho.
“Fomos ao Assentamento quilombola São Martins, no Piauí, para conferirmos de perto a aplicação do Sisteminha Embrapa em 25 lotes. E que felicidade ver que o projeto é um sucesso e com certeza assim será em nossa Petrolina. Seguindo a determinação do prefeito Miguel Coelho, estamos sempre buscando ações e parcerias que possam fortalecer ainda mais os nossos agricultores familiares, gerando mais emprego e renda.”, celebrou Gilberto.
Sisteminha
Numa área de até 0,2 hectares o agricultor pode instalar o projeto pensado especialmente para cultura de alimentos de consumo próprio como também destinar à venda toda a produção excedente. A ideia consiste na utilização, através de um sistema simplificado de abastecimento, da água fertirrigada excedente de um tanque para criação de peixes com capacidade de 50 mil litros. Com o uso dessa água é possível manter hortas (hortaliças e ervas medicinais), lavouras em área escalonada das mais variadas culturas como acerola, caju, limão, manga, banana, mamão, coco, mandioca, milho, feijão e palma.
Além disso, os agricultores são estimulados a destinarem áreas para criação de galinhas para postura de ovos e frangos para abate; porcos, caprinos e ovinos, porquinhos-da-índia, meliponário para produção de mel de abelha sem ferrão e local de compostagem. Todo o sistema é autossustentável e não demanda grandes hectares de terra para trazer ótimos resultados.