Os atos pela democracia marcados para esta quarta-feira, 11, ocorrem em pelo menos 50 cidades brasileiras de todos os estados e no Distrito Federal a maioria em faculdades de Direito de universidades públicas e privadas.
O movimento é encabeçado pela leitura da carta em defesa da democracia, dos tribunais superiores e do Estado Democrático de Direito, escrita pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O documento é uma resposta aos ataques sistemáticos feitos pelo presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, ao sistema eleitoral brasileiro.
Em São Paulo, a Faculdade de Direito, no centro, tem dois atos. Às 10h, é realizada a leitura do manifesto Em Defesa da Democracia e Justiça, apoiado por mais de cem entidades da sociedade civil e empresariais de diversos setores, como Fiesp, Febraban, Fecomércio-SP, centrais sindicais, OAB São Paulo, USP, Unicamp, Cebri, WWF, Greenpeace, Iedi, Abdib, PróGenéricos e Fundação Fernando Henrique Cardoso.
Às 11h, há a leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros – Estado Democrático de Direito Sempre. A carta conta com aproximadamente 900 mil assinaturas. Além de juristas e advogados, empresários e artistas devem participar dos atos na USP. Telões foram colocados no Largo de São Francisco, em frente à Faculdade de Direito, sob a expectativa de grande participação popular.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o policiamento na região central foi intensificado e o efetivo de policiais militares no Largo São Francisco também foi reforçado. Em reunião com os organizadores do evento, a PM definiu que vai controlar o acesso interno dos participantes, respeitando o limite de lotação de segurança máxima prevista no auto de vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB). Apenas convidados podem acompanhar a leitura da carta no espaço interno das Arcadas da faculdade.
Pelo País
Entre os atos marcados estão 25 manifestações convocadas pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas em todo o país, sendo duas em São Paulo, e 20 preparadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e por movimentos populares que integram as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, das quais duas também reforçam as demais mobilizações que ocorrem na capital paulista.
Os movimentos concentram os atos no Masp pela manhã, mas as centrais sindicais também marcaram manifestações no mesmo local às 17h, após a leitura da carta. Sindicatos como o dos comerciários de São Paulo farão passeatas próprias partindo de outros pontos da cidade.
Impulsionadas pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia ao menos 35 universidades de 25 Unidades da Federação também repetem o ato alusivo à defesa do sistema eleitoral brasileiro neste dia 11.
(Exame)