A insegurança que preocupa moradores do bairro São Gonçalo e áreas vizinhas foi tema de uma audiência pública itinerante realizada na noite desta quarta-feira (27), em Petrolina. O encontro reuniu vereadores, forças de segurança e a comunidade local. A iniciativa partiu do vereador Ronaldo Cancão (Republicanos), que conversou nesta quinta-feira (28) com o programa Nossa Voz.
“Quero agradecer o espaço e também à população que compareceu. Foi uma audiência importante, no coração do bairro São Gonçalo, reunindo também moradores do Rio Claro, Jardim Petrópolis e regiões vizinhas. Nosso objetivo foi ouvir a comunidade e buscar caminhos para pacificar, porque o que vimos foi o medo do medo”, destacou o parlamentar.
De acordo com Cancão, os números da violência reforçam a urgência do debate. Só em agosto, Petrolina já registrou 95 homicídios, ultrapassando o total de 2024, que foi de 92 assassinatos.
A audiência contou com a presença da Polícia Militar, Biesp, Polícia Civil, Guarda Municipal e representantes da Secretaria de Segurança do município. O vereador lamentou, no entanto, a ausência do Ministério Público e do Judiciário.
“Foi muito importante a fala de cada instituição de segurança. Tivemos o delegado de Sapucaia, representantes da PM e do Biesp, além da Guarda e da Prefeitura. Essa união já trouxe resultados: uma operação há cerca de 30 dias ajudou a conter um clima de terror na região do São Gonçalo, Jardim Petrópolis. Quero tranquilizar a população: o trabalho de inteligência está sendo feito e já vemos a normalização da situação”, disse Cancão.
O parlamentar reforçou que a Câmara de Vereadores pretende dar continuidade às audiências itinerantes em outras áreas da cidade. A próxima está marcada para o dia 4 de setembro, no bairro Maria Tereza.
“Nós não temos pacto com delinquentes, com facções ou traficantes. Nosso pacto é com as pessoas de bem, pela vida. Vamos continuar levando a Câmara para os bairros, para ouvir o povo e defender a segurança da população. Esse é o nosso papel e não vamos nos intimidar”, concluiu.
