Um impacto de R$ 2,1 bilhão é estimado nas contas dos Municípios com o aumento do salário mínimo. O cálculo, feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), foi divulgado nesta quinta-feira (6). O montante deve gerar um acréscimo de 6,7% em relação a 2019. Neste ano, o salário mínimo vai aumentar R$ 47,00 (4,7%), indo de R$ 998 para R$ 1.045.
Inicialmente, o governo federal havia fixado o valor em R$ 1.039, mas houve uma atualização ainda em janeiro e com vigência a partir de 1º de fevereiro. A CNM disse que são os municípios que mais empregam no país, abrigando mais de três milhões de funcionários com remuneração vinculada ao salário mínimo. Esse cenário, acrescenta a entidade, se acentuaria em cidades de pequeno porte. Encargos patronais aumentariam também os custos do empregador em 16,05% sobre o salário base.
Ainda segundo a CNM, assim, os aumentos progressivos no salário mínimo impactam de forma direta nos gastos com pessoal das prefeituras. A instituição municipalista declarou ainda que desde 2003, a medida acumula um impacto de R$ 37,4 bilhões na folha de pagamento municipal. Para a CNM, o maior problema disso é que ela não conta com uma fonte de custeio e nem dá espaço para nenhuma possibilidade de intervenção do gestor municipal.