Bairro sem CEP e infraestrutura adequada incomoda moradores de Petrolina

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“O mau cheiro que exala dessa água suja e pura fezes”, contou Andréa Patrizzia. (Foto: Davi Mendonça/ Nossa Voz)

Sem CEP e sem nomes nas ruas, os moradores do loteamento Nossa Senhora de Fátima em Petrolina (PE), reclamam dos transtornos de não receberem correspondências, encomendas e nem tão pouco pegar um carro por aplicativo, o que dá a impressão de serem esquecidos pelo poder público da cidade. Entretanto, o que chama a atenção é que as contas da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) chegam nas casas de cada cidadão apesar da prestação do serviço não ser considerada satisfatória.

Moradora do local Andréa Patrizzia Santana, acionou a reportagem do Nossa Voz, nesta quinta-feira (13) pedindo ajuda. No endereço informado ficou a dúvida: É na Rua 13, 113, ou será 104?

“No mapa é difícil de encontrar a rua, aqui não tem CEP, somos totalmente esquecidos. Esse é um dos motivos que a equipe de reportagem não conseguiu localizar com exatidão o endereço. Até o Google Maps leva a pessoa para outro bairro, como por exemplo, o João de Deus”, afirmou.

Patrizzia explicou ainda que além dessa situação, o local sofre com falta de infraestrutura. “Esse endereço aqui é uma situação triste, ficamos entre os bairros Nova Vida e o Cacheado. A impressão que dá é que somos esquecidos. Não temos saneamento, muitos moradores fazem esgotamento sanitário e outros não. É uma situação degradante, resíduos fecais podem ser encontrados no meio das ruas, espalhados. A fossa inteira no meio da rua”.

Andréa Santana informou que a comunidade já procurou à Câmara de Vereadores de Petrolina e a Prefeitura, mas não obtiveram resultados. Problemas falta de infraestrutura também foram relatados. “Outros transtornos causados aqui são os matos, lamas, buracos, muriçocas e a escuridão, isso deixa a comunidade com medo da violência. Durante à noite, a população teme por causa de assaltos e com a falta saneamento e as crianças adoecem. Por mês, quem tem condições paga R$ 150 para o caminhão desobstruir a fossa, mas não é todo dia que podemos pagar. Desse jeito não dá. É um estado de calamidade pública, sem falar que lutamos e tem dois anos que o carro do lixo atende à comunidade”.

A Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, através de nota, esclareceu “que com as chuvas das últimas semanas, a vegetação voltou a crescer nas comunidades em um curto espaço de tempo, mas que o setor de Serviços Públicos segue intensificando a limpeza pela cidade. O loteamento Nossa Senhora de Fátima será incluído no cronograma de limpeza entre os meses de janeiro e fevereiro. Sobre a questão do saneamento, a gestão municipal orienta que os moradores procurem a Compesa“.

A Compesa está ciente da situação e deve encaminhar uma nota sobre o assunto.