Abelhas em Petrolina: Por falta de assistência, família deixa residência após formação de colmeia

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(Foto: Reprodução)

Petrolina continua assolada pelo ataque de abelhas. Segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária, Marcelo Gama, o SOS Abelhas, instituição capacitada para resgate dos insetos, recebeu em oito dias mais de 150 chamadas para remoção de colmeias. Num comparativo com o mesmo período do ano passado, os registros não passavam de 10 solicitações semanais.

Sendo assim, a alta demanda na área urbana da cidade, prejudicou a assistência aos moradores da zona rural. É o que relata Márcia Alcântara ao Nossa Voz desta . A irmã dela, que mora na Rua 05 do Assentamento Água Vive II, teve a casa invadida pelas abelhas e não houve assistência da entidade especializada.

“Na casa da minha irmã tem enxame no banheiro e no quarto. Ela viu isso ontem e passamos a manhã inteira ligando para Corpo de Bombeiros, SOS Abelhas, para tudo, só não conseguimos ligar para o Ibama. A comunidade toda ajudou ligando de suas residências e nenhuma solução foi encontrada. O que eles dizem é que não trabalham para zona rural. Eu queria entender, porque a gente da zona rural não tem direito a nada. Só tem direito a votar em tempo de eleição? Temos o mesmo direito de quem mora na cidade”, protesta.

Ainda de acordo com Márcia, para não sofrer um ataque dos insetos, sua irmã deteve que sair de casa. “Teve que tirar a sua família de lá. Está na casa da mãe e a residência dela está lá tomada pelo enxame”.

Diante do relato, Marcelo Gama se pronunciou sobre o fato relatando as limitações de efetivo. “O SOS Abelhas, quando foi formado, há cerca de dois anos, a intenção era que a gente atendesse apenas no perímetro urbano. Entretanto, em alguns chamados da zona rural, devido a demanda baixa, nós atendíamos também devido a necessidade. Até porque a zona rural seria o habitat natural da abelha. Porém, este ano, devido a chegada de setembro, a quantidade de abelhas na área urbana da cidade cresceu de forma absurda, como nunca vista desde a formação do SOS”.

Na busca por uma solução, uma reunião envolvendo várias entidades busca ampliar essa assistência. “Hoje (22), temos uma reunião com representantes do Ministério Público, Prefeitura, CEMA FAUNA Univasf, vamos buscar apoio de alguns apicultores da cidade para que possamos dar um retorno mais rápido a sociedade e estamos vendo uma forma de estender esse serviço para a zona rural”.