“Lenda do crime”, Nego de Lídio é um dos foragidos do presídio de Limoeiro

0
 (Foto: Divulgação/PMPE)

Líder de organização criminosa, Jerry Adriani Gomes da Silva, o “Nego de Lídio”, fugiu da Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro. Com atuação no Sertão Pernambucano, o homem de 50 anos é acusado de 25 mortes, assaltos a carros-fortes e bancos. A fuga ocorreu na madrugada desta quinta-feira (9). Com ele, saiu um grupo de detentos de quantidade ainda não especificada pela Secretaria de Ressocialização.

(Foto: Bruno Campos/ JC Imagens)

Essa é a segunda fuga de Nego de Lídio. Em 18 de dezembro 2014, o criminoso escapou da Penitenciária Barreto Campelo. Utilizando um túnel, ele deixou a unidade enquanto cumpria pena de 47 anos. Foi encontrado apenas em 2018, e na época foi considerado uma “lenda do crime” pela Polícia Militar.

Crimes

Natural do Recife, Lídio praticava crimes por encomenda ou para enfraquecer quadrilhas adversárias. O primeiro homicídio atribuído a ele aconteceu nos anos 90. O acusado matou o líder comunitário do Projeto Caraíbas, Fulgêncio da Silva (o projeto acabou sendo renomeado em homenagem à vítima) em Santa Maria da Boa Vista-PE. Ele contou também que foi o líder do primeiro crime no método “novo cangaço”, em 2003, no interior da Bahia.

MPPE

Condenado por 18 anos de prisão, pelo Ministério Público em 25/02/2019 sobre decisão favorável do 1º Tribunal do Júri da Capital, Jerri Adriane Gomes da Silva, conhecido por “Nego de Lídio”, sobre a morte de José Nilton Freire Rodrigues da Silva. A vítima, que trabalhava como motorista de ônibus, foi morto no dia 30 de maio de 1999, na cidade de Santa Maria da Boa Vista-PE

A realização do julgamento foi transferida da Comarca original para o Recife em razão da periculosidade do réu, que liderava um grupo criminoso atuante na região. A Jerri Adriane Gomes da Silva são atribuídos diversos crimes, como homicídios, estupros, sequestro, associação criminosa e vários atos de intimidação contra moradores, o que justificou o pedido do MPPE para desaforar o caso.

“Embora o crime tenha ocorrido há anos, a Justiça foi feita. O povo de Pernambuco está solidário ao povo de Santa Maria da Boa Vista e quer aquelas terras produtivas de lavouras e frutas e não de maconha. Queremos que todos saibam que o silêncio pode ser quebrado, com denúncias ao MPPE. E que criminosos como o réu não são tão inalcançáveis como pensam”, destacou a promotora de Justiça Ana Clézia Ferreira Nunes.