A defesa do PM agredido e chamado de “macaco” durante uma ocorrência no bairro Vale dos Lagos, Salvador, na última quarta-feira (16), prometeu que irá processar o presidente do PT de Curaçá e toda a diretoria da sigla envolvida na aprovação de uma nota de apoio a agressora, identificada como Libânia Maria das Torres. No perfil do Instagram, o PT municipal de Curaçá (BA), alegou que o termo utilizado por Libânia para ofender o policial “não é racismo”.
“Nós, do Partido dos Trabalhadores de Curaçá, reconhecemos a grandeza de suas [Libânia] lutas e, creditamos as palavras, que foram ditas não a racismo, mas a cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião, de chamar policiais de macaco”, diz a nota publicada no dia 19 de setembro e assinada por Júlio Cézar Lopes, presidente municipal da sigla e candidato a vereador.
O texto, ainda reforça: “Lamentamos o acontecido e reafirmamos o nosso respeito e solidariedade a ela e sua família”.
“Como ele é o presidente do partido, vamos processá-lo. Caso o conteúdo tenha passado por uma reunião, por pessoas que também tenham sido coniventes, vamos processar também. Isso é lamentável e vai de encontro a toda uma história que o PT prega”, enfatiza Marinho Soares, advogado do policial militar.
Veja a nota de apoio pelo PT de Curaçá-BA
“A presidência municipal do Partido dos Trabalhadores – PT de Curaçá vem, de público, manifestar seu apoio a companheira Libânia Torres, por saber da sua caminhada de LUTA e de respeito as pessoas. Em todos os sentidos.
Nós, do Partido dos Trabalhadores de Curaçá, reconhecemos a grandeza de suas lutas e, creditados as palavras, que foram ditas não a RACISMO, mas a cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião, de chamar policiais de Macaco.
Ao mesmo tempo, lamentamos o acontecido e reafirmamos o nosso respeito e solidariedade a ela e sua família”.
Curaçá-BA, 19 de setembro de 2020.
Júlio Cézar Lopes
Presidente do PT de Curaçá-BA
(Fonte: Bahia Notícias)