Bebê espancada até a morte era agredida pelos pais por causa do choro

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Menina de 5 meses era agredida pelos pais. Ela foi espancada até a morte. (foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil prendeu o pai e a mãe da bebê de 5 meses, que foi espancada até a morte. Apesar de a mãe ter relatado inicialmente ao Conselho Tutelar de São Lourenço da Mata, cidade do Grande Recife onde a família mora, que o pai agredia a filha por não aceitar que ela nasceu menina, a investigação mostrou que os dois agrediam a criança por se irritarem com o choro dela.

Responsável pelo inquérito, o delegado Diogo Santiago explica que a morte da bebê Debora Maria Sales da Silva foi causada por agressões cometidas tanto pelo pai, quanto pela mãe. “A versão de que o pai teria matado pelo sexo da filha foi uma tentativa de eximir a culpa. Essa argumentação surgiu pela mãe e não se sustentou. A versão do pai sobre a irritabilidade perante o comportamento, o choro, da bebê comprovou que o assassinato foi por motivo fútil”, diz.

Segundo o delegado, o laudo pericial constatou que Debora tinha fraturas na costela e no crânio. Anteriormente, os pais diziam que a menina tinha caído três vezes da cama. “Profissionais de saúde relatam que, desde a gestação, a mãe já apresentava rejeição pelo bebê e negligenciava cuidados. Debora estava desnutrida, desidratada e sem o mínimo de higiene”, afirma Diogo Santiago.

Quando soube do laudo, o pai assumiu participação no crime. A mãe ainda negou envolvimento durante depoimento aos policiais. Para o delegado, as declarações de Silvânia Maria Viana Sales, de 23 anos, são contraditórias. “Ela afirma coisas incompatíveis. Quando confrontada, ela se perde na narrativa, diz que todo mundo está mentindo. Tem mania de perseguição, como se ninguém gostasse dela”, explica.

O pai da criança, Augusto Silva da Cruz, de 25 anos, foi preso em flagrante, no dia da morte da filha e está preso no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. A mãe foi presa na terça-feira (21) e encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor. (com informações do G1)