Bolsa para indígenas, R$ 200 para prestar o Enem: entenda os anúncios do MEC

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Em uma iniciativa contra a evasão no ensino médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Camilo Santana, lançaram ontem o programa Pé de Meia, que pagará até R$ 9,2 mil para que estudantes completem essa etapa do ensino.

Ficou definido um valor de R$ 200 para incentivo aos que fizerem o Enem. A mesma quantia será paga em 10 parcelas por ano do ensino médio aos estudantes beneficiados. Camilo também anunciou a universalização da bolsa permanência para universitários indígenas e quilombolas e lamentou o baixo número de adesões ao programa de renegociação de dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pelo programa Desenrola Educação.

De acordo com o MEC, dos 2 milhões de concluintes do ensino médio, apenas metade fez o Enem em 2023. O índice de participação desse grupo de estudantes já foi de 67%, em 2016. O aumento da participação é uma das maiores preocupações de Camilo.

O ministro também confirmou que estão garantidos no orçamento do MEC os valores para pagar a bolsa permanência a todos os indígenas e quilombolas em vulnerabilidade social no ensino superior. A universalização será atingida este ano, de acordo com Camilo.

— Aumentamos, em 2023, em 80% o número de indígenas e quilombolas atendidos — afirmou o ministro, em referência à bolsa de R$ 1,4 mil a ser distribuída para os universitários destas minorias.

Camilo disse que quer apresentar até março o edital do Fies com mudanças no programa, que se tornará mais “social”, como definiu. São avaliadas o fim da coparticipação do estudante e mudanças na forma de cobrança, atrelando a parcela ao fim do curso à renda aferida pelo formado. O ministro lamentou a baixa adesão ao programa de renegociação de dívidas com o fundo. O programa foi lançado em novembro.

Fonte: O Globo