O presidente Jair Bolsonaro não escondeu a decepção com seu ex-líder no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Em entrevista à Rádio CBN Recife ontem (13), ele afirmou que FBC “teve tudo” e hoje não cita as ações do seu governo em Pernambuco.
“Tem liderança aí, não quero citar nomes. Um senador que era líder do governo, trabalhava aqui atendendo a gente no Senado. Ele teve tudo da nossa parte, tudo da nossa parte, e hoje em dia não fala nosso nome em Pernambuco”, afirmou o presidente.
A fala de Bolsonaro vem na sequência da repercussão do vídeo que mostra Fernando Bezerra em um evento onde o ex-prefeito de Serrita declara apoio a Lula e ao filho do senador, Miguel Coelho, que é pré-candidato ao governo do Estado.
“O que acontece é o seguinte: Tem uma tendência, o estado mais à esquerda, em apoiar o Lula. Simplesmente não se fala mais o nome do governo, não se fala mais (sobre) as obras. Mas o Fernando Bezerra vai fazendo a parte dele. Ele tem que levar recursos para o estado, tudo bem”, acrescentou Bolsonaro durante a entrevista.
O NV procurou a assessoria de FBC, mas esta afirmou que ele não se pronunciará sobre o assunto.
Bezerra é o relator do projeto de lei do ‘teto do ICMS’, considerada proposta prioritária para tentar atenuar o valor do combustível. Segundo Bolsonaro, caso o texto passe pelo Congresso, a gasolina pode ficar até R$ 2 mais barata.
O plenário do Senado aprovou ontem (13) o relatório do senador sobre o PLP 18/2022, que estabelece um limite para o ICMS cobrado pelos estados não apenas sobre os combustíveis mas também sobre energia, transporte coletivo e comunicações, que são considerados produtos e serviços essenciais. A proposta original prevê medidas de compensação quando a arrecadação estadual relativa a esses itens sofrer redução maior que 5%. Mas, segundo o dispositivo incluído por Fernando Bezerra, o cálculo da compensação deve levar em conta a variação da inflação.