O presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou, nesta sexta-feira (12/8) o uso das Forças Armadas nas eleições deste ano. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e, de acordo com ele, os militares podem atuar no pleito para a garantia da votação e da apuração em outubro.
O decreto foi publicado após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedir, por meio de ofício, o emprego das Forças Armadas nas eleições deste ano. Além de Bolsonaro, assinam o documento os ministros da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno.
A medida é praxe e busca, segundo o governo federal, garantir a tranquilidade e a ordem pública, em qualquer local do Brasil, durante as eleições.
O contexto atual, porém, é diferente dos demais pleitos eleitorais, que contaram também com a participação de militares durante as votações. Em movimento inédito, as Forças Armadas, amparadas pelo Ministério da Defesa, têm atuado na fiscalização das urnas eletrônicas, colocadas em xeque pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nove oficiais formam equipe que analisa o código-fonte das urnas. Entre eles, estava o coronel do Exército Ricardo Sant’ana. Após reportagem do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, mostrando que ele difundia fake news nas redes, o nome dele foi excluído da comissão. E o Ministério da Defesa não indicou substituto.
Porém, poucos dias depois, pediu acesso de mais nove militares, especialistas em programação, para reforçar a equipe das Forças Armadas que trabalha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na fiscalização das urnas eletrônicas. Para isso, a pasta enviou ao tribunal, nessa quarta-feira (10/8), o pedido para integrar os novos nomes nas atividades. A Corte ainda não respondeu.
(Metrópoles)