Desde o fim de semana várias contas de redes sociais e grupos de compartilhamento de mensagens denunciaram a reprodução de conteúdos direcionados a crianças e adolescentes da Boneca Momo. As mensagens incitam crianças e adolescentes a ações violentas e suicidas.
O conteúdo criminoso está sendo infiltrado em vídeos infantis e pedem que as crianças façam cortes profundos com objetos como facas, estiletes e lâminas de barbear. Em Petrolina-PE o alerta tem sido feito principalmente em grupos de escolas direcionados ao pais.
Na Bahia, o Ministério Público notificou o Google e o WhatsApp para remover conteúdos relacionados à Boneca Momo. A informação foi divulgada pelo órgão no último sábado (16).
As notificações foram encaminhadas por meio do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (Nucciber), que instaurou procedimento para apurar os fatos relacionados a vídeos possivelmente disponibilizados em plataformas de vídeos e compartilhados em redes sociais com conteúdo direcionado a crianças e uso do personagem.
Entenda o caso
A Boneca Momo tem até número telefônico, que varia de acordo com o país. A lenda passou a amedrontar crianças reais e foi atribuída como a suposta causa da morte de um menino de 9 anos em Recife-PE. Outras duas mortes de adolescentes na Colômbia também estariam relacionados ao jogo.
A imagem da boneca foi copiada de uma conta no Instagram e é a foto de uma escultura de uma ‘mulher-pássaro’ exibida em uma exposição no museu Vanilla Gallery, no Japão, em 2016. A chamada ‘Guai Bird’ é uma obra da artista Keisuke Aisawa e retrata o fantasma de uma mulher que morreu na gravidez.
A suspeita é que através do suposto desafio, criminosos usam a Momo para cometer golpes, roubo de dados ou extorsão.
