BR entra em atenção por conta da SRAG e crianças são mais afetadas; PE tem 50 mortes pela doença

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Com a chegada do inverno, que neste ano no Brasil se estende entre os dias 21 de junho e 23 de setembro, se intensificam os sintomas gripais e a preocupação com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que atinge principalmente as crianças. No cenário infantil, os pequenos com comorbidades são ainda mais afetados.

Em Pernambuco, de acordo com a Secretaria de Saúde, neste ano foram contabilizados 2.319 casos da doença em crianças de até 10 anos, das quais 50 morreram. Na sexta-feira (14), a fila de espera por leitos de UTI no estado para tratar SRAG contava com 30 crianças e seis bebês.

Existem 219 unidades de saúde pediátricas e 111 neonatais em todo o estado. No entanto, todas “na capacidade máxima”, segundo a SES, que relembrou que já haviam sido inaugurados “45 leitos de enfermaria pediátrica, mais quatro ortopédicas; 60 leitos de UTI infantil; 10 UTIs de pediatria cardiológica; 10 de UTI neonatal; e outros 10 de UCI de pediatria”. Pernambuco tem ainda 76 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas voltadas à rede de saúde privada.

Por conta do cenário, a SES garantiu que “pretende abrir, na próxima semana, dez novos leitos de UTI SRAG pediátrica, embora haja dificuldades, no momento, de material humano, principalmente na área médica, mais especificamente especialistas em UTI pediátrica.”

A logística de transferência dos pacientes graves com SRAG para UTIs também foi detalhada. “O paciente pediátrico que recebe o indicativo para assistência em terapia intensiva é regulado para o serviço na cidade de origem ou fora dela, assim que há a oferta da UTI que atenda a especificidade do quadro clínico.”

No último dia 27, um bebê de dois meses foi levado em um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de Olinda até Palmares, na Mata Sul. Ele estava com bronquiolite viral e aguardava por um leito de UTI na Região Metropolitana há 10 dias.

O médico pediatra e tutor do Centro de Simulação (CSim) da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Filipe Marinho, explicou o que é a doença e quais os primeiros sinais que aparecem no corpo.

Fonte: Folha PE