Brasileiro já gasta 22% do salário mínimo para encher o tanque de gasolina

0

Com uma sequência de seis altas consecutivas, o brasileiro já precisa gastar 22% do salário mínimo para conseguir encher um tanque de 35 litros de gasolina. O Correio, jornal braziliense, comparou o comprometimento médio do bolso do brasileiro com combustível com alguns outros países, incluindo vizinhos da América do Sul, e a comparação mostra que somos quem mais gasta com o item. 

Com uma sequência de seis altas consecutivas, o brasileiro já precisa gastar 22% do salário mínimo para conseguir encher um tanque de 35 litros de gasolina. O Correio comparou o comprometimento médio do bolso do brasileiro com combustível com alguns outros países, incluindo vizinhos da América do Sul, e a comparação mostra que somos quem mais gasta com o item

Para a comparação, foram levados em conta outros sete países: Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e Equador. Em todos eles, o máximo que o cidadão do país gasta com gasolina é 11,5% do salário mínimo (Argentina e Chile), praticamente metade do que o brasileiro arca. Nos Estados Unidos, por exemplo, o gasto só chega a 2,9%. 

Veja a comparação:

PaísValor tanque 35 litrosSalário mínimoPorcentagem
BrasilR$ 251,65R$ 1.10022,90%
EUAR$ 191,45R$ 6395,432,90%
Reino UnidoR$ 379,4R$ 10774,983,50%
ArgetinaR$ 185,85R$ 1607,2811,50%
BolíviaR$ 104,65R$ 1696,966,10%
ColômbiaR$ 123,05R$ 1245,869,80%
ChileR$ 245R$ 2117,5411,57%
EquadorR$ 130,2R$ 1757,717,40%

Para fim dessa comparação, todos os valores foram convertidos para o real na cotação atual de R$ 5,53. Os valores dos salários mínimos foram obtidos a partir do site Country Economy e o preço da gasolina do Global Petrol Prices

Escalada de preços 

Em 2021, a Petrobras fez 15 mudanças no preço da gasolina nas refinarias, somente quatro foram reduções. A alta acumulada é de 74% para o derivado de petróleo. E o Distrito Federal está com a segunda gasolina mais cara do país. O preço médio chegou a R$ 7,214 o litro na semana passada, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O único lugar mais caro no Brasil é no Rio de Janeiro.