O ex-deputado federal e ex-ministro Bruno Araújo (PE), 47, foi eleito presidente nacional do PSDB nesta sexta-feira (31) para colocar em prática as diretrizes do novo PSDB engendrado pelo governador de São Paulo, João Doria, principal líder do partido. Araújo sucede o ex-governador Geraldo Alckmin no comando do PSDB e foi eleito em chapa única, sem concorrência.
Não porque todos os tucanos concordem com os rumos ditados por Doria, que prega renovação, mas porque caciques fundadores da sigla não conseguiram viabilizar um nome competitivo. A tensão entre a velha guarda tucana e aliados de Doria ficou evidente na convenção, por meio de discursos e de uma briga. Dois grupos da juventude do partido, um ligado ao governador paulista e outro ligado e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, trocaram agressões físicas.
O novo presidente do PSDB afirma que o partido será de centro -rejeitando o que consideram extrema esquerda e extrema direita. Ambos, no entanto, colaram suas campanhas no ano passado a Jair Bolsonaro (PSL), para surfar na onda conservadora que elegeu o presidente da República.
Araújo não conseguiu se eleger senador por Pernambuco em 2018. O ex-ministro das Cidades na gestão Michel Temer (MDB) foi deputado federal por três mandatos seguidos desde 2006. Em 2015, ganhou holofote nacional ao proferir o voto que sacramentou, na Câmara dos Deputados, a admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).