O reajuste salarial dos servidores municipais de Petrolina foi aprovado ontem (18), na Câmara Municipal, entretanto sobre protestos relativos à falta de informações que justificassem o percentual de 10,5% delimitado pelo Poder Executivo Municipal.
A queixa, feita pelo vereador Gilmar Santos, foi rebatida pelo presidente da mesa diretora, Aero Cruz, que justificou que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais havia recebido os dados, exatamente por ser a entidade habilitada para a negociação. Esse argumento foi o combustível necessário para que Gilmar reforçasse as críticas à condução do Legislativo Municipal, disparando que a Casa Plínio Amorim havia se transformado na sub da sub prefeitura. “Essa casa que foi eleita para representar o povo e, nesse caso os servidores, deveria minimamente ter os dados contábeis, para que pudéssemos realizar um debate justo. E porque não temos esses dados? porque isso aqui tem se transformado em uma subprefeitura. À medida que essa casa não tem sequer dados para discutir o reajuste dos servidores, isso aqui vai se transformando não na subprefeitura, mas sim, da sub da sub, é uma situação vexatória”, expôs o vereador.
Indignado com as declarações do oposicionista, o vereador Júnior Gás saiu em defesa do legislativo e recebeu protestos da plateia composta por servidores municipais. “Quando a gente aprova a favor do povo, ninguém fala, mas quando é para criticar o seu é primeiro. Pare de fazer palanque de política aqui dentro. e tem um pouco mais de respeito com esses vereadores que trabalham 24 horas, principalmente nosso prefeito Miguel Coelho, que está fazendo um bom trabalho”, rebateu o parlamentar.
Por fim, o vereador Diogo Hoffmann, líder da situação, se pronunciou sobre a situação dos professores, afirmando que o diálogo da prefeitura com os professores não seria encerrado e pediu que todos votassem a favor do projeto. “Os percentuais foram discutidos com as representações sindicais, respeitamos o posicionamento dos professores, achamos que o diálogo pode ser mantido. Mas nós queremos defender a aprovação do projeto e eventuais diálogos posteriores podem ser feitos”, contou.
O projeto de Lei nº 003/2022, que trata do reajuste salarial dos servidores públicos municipais, foi aprovado por 17 votos a zero.
