A Câmara de Vereadores de Cabrobó, apreciou na última segunda-feira (8) o Projeto de Lei Do Executivo Municipal que tinha como objetivo criar uma Autarquia responsável pela, educação, organização, e fiscalização do trânsito na cidade.
O processo de inclusão de Cabrobó no Sistema Nacional de Trânsito – que é uma determinação do Código Brasileiro de Trânsito, foi tema de intensa discussão e polêmica entre a classe politica e comerciantes e a população, quer se manifestaram especialmente na mídia e em redes sociais.
A Câmara chegou a realizar duas audiências públicas para debater o projeto. Durante as reuniões ficou evidente que a maioria dos parlamentares da Casa Epaminondas Hipólito Lima, tinha grandes ressalvas quanto ao projeto. O apontava para um resultado negativo na votação marcada para a última segunda-feira. E não deu outra, a Municipalização do Trânsito de Cabrobó foi rejeitada por 8 votos a 2 e uma abstenção.
Após a apreciação do PL, os edis justificaram seus posicionamentos;
Contrário ao Projeto, o Vereador Marcos de Neuma, explicou que a cidade tem problemas mais urgentes para resolver. “Hoje eu fico satisfeito por essa casa ter rejeitado esse projeto que vinha de encontro a população de Cabrobó. Sei que é importante organizar o trânsito, mas Cabrobó tem muitos outros problemas para ser resolvido. Conversando com o Advogado que elaborou o Projeto ele me dizia porque Cabrobó é diferente de Orocó, de Santa Maria , de Lagoa Grande e de Petrolina ? Eu respondi todas as cidades que você falou tem uma economia estabilizada, tem um projeto de irrigação. Cabrobó nos vivemos aqui sofridos” disse.
Na opinião do Vereador Nilson, a implantação de o Sistema de Fiscalização do Trânsito penalizaria os menos favorecidos. “Para o meu entendimento, eu acho que para organizar o trânsito não é obrigado esse projeto não. Eu acho que o município pode tomar algumas decisões e tentar organizar. Por decreto ou colocar algumas pessoas, tipo educativo no município né? Não municipalizando o trânsito do jeito que quer ser, porque quem vai ser penalizado é o pequeno, isso ai não e novidade, o pequeno sempre vai ser prejudicado” comentou.
De acordo com a Vereadora Pretinha Truká – um dos poucos votos a favor da municipalização, a negativa da casa expôs o fato de que não houve uma discussão mais aprofundada do Projeto. “As pessoas estão preocupadas com aqueles que bebem e saem em suas motos e seus carros, batendo, atropelando , matando … Isso agente precisava de um politica mais assertiva e punitiva. Fiquem preocupados com pessoas que são vítimas e podem ainda ser vítimas. Na minha família eu tem vítimas e também que foram culpados. Por isso eu votei a favor do projeto, porque acredito nisso. E várias vezes eu disse que devíamos estudar o projeto, tirar o que é ruim e deixar o que é bom. Infelizmente nos não estendemos o debate” lamentou.
Para o Vereador Ramsés Sobreira, o melhor caminho para resolver a questão do trânsito da cidade seria a criação de um conselho municipal. “Nos temos que solicitar que o município nos envie o projeto de criação do Conselho Municipal de Trânsito, para podemos discutir essa questão com frequência. Como demostramos no relatório da comissão que analisou o projeto, impossível votar aprovar um projeto dessa natureza, porque ele gera despesa, ele vai criar uma estrutura totalmente diferente, pessoa jurídica própria e isso não está de acordo com a situação financeira do município” explicou.
Segundo o Líder do Governo, Vereador Jorge Cavalcante ideias equivocadas sobre o projeto ajudaram a tornar a medida impopular e lamentou a rejeição do projeto. “Respeito a opinião dos colegas, mas sou totalmente a favor da municipalização do trânsito. Eu acho que um projeto bom. Um projeto não criaria taxas, como zona azul não tem nada disso no projeto. Também nada no projeto fala sobre deslocamento da feira do município, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Então eu acho que nos perdemos um grande oportunidade de votar a favor desse projeto” ressaltou.
Com cerca de 33 mil habitantes, Cabrobó tem em torno de 10 mil veículos registrados no Departamento Estadual de Trânsito De Pernambuco(Detran-PE). De acordo com a Polícia Civil, em 2019 foram registrados 55 Boletins de Ocorrências, de acidentes de trânsito, com uma média de um acidente a cada cinco dias, com oito vítimas fatais.