Policiais militares de Pernambuco irão usar câmeras acopladas às fardas, as bodycams, a partir do início de setembro. Antes, alguns prazos foram citados para o começo da implantação, sendo abril deste ano o mais recente.
De acordo com a Polícia Militar, a utilização das câmeras corporais começará pelo efetivo do 17º Batalhão, sediado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e que também é responsável pelo policiamento de Abreu e Lima.
O equipamento grava todas as atividades policiais em sons e imagens, em uma medida para tentar evitar possíveis excessos em abordagens.
No início deste ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) celebrou contrato com a CHT Comunicações LTDA Eirelli. A empresa ficou responsável pelo fornecimento de 187 câmeras, 196 baterias extras e estações computadorizadas. Com validade de 1 ano, o contrato foi firmado no valor de R$ 419,5 mil.
Em junho, a Polícia Militar informou que as câmeras haviam sido recebidas e policiais iniciaram capacitação e testes de funcionalidade ministradas por técnicos da fabricante.
O uso das bodycams em Pernambuco voltou a ganhar força no debate após a ação desastrosa da Polícia Militar em protesto contra o então presidente Jair Bolsonaro, em 29 de maio de 2021, no Centro do Recife, no qual duas pessoas perderam parte da visão.
Órgãos como a SDS-PE e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) acompanharam e discutiram a implantação das bodycams e o início ocorre em um momento de aumento das mortes em decorrência de intervenção policial no Estado.
Segundo a SDS-PE, entre janeiro e maio de 2023, foram 59 mortes em ações policiais. No mesmo período de 2022, foram 40 mortes.
Como funciona
As câmeras portáteis são acopladas aos uniformes e gravam automaticamente todas as atividades policiais durante o turno de serviço. Ou seja, todas as abordagens, fiscalizações, buscas, varreduras, acidentes e demais interações com o público são registradas independentemente da ação do policial.
Fonte: Folha PE