Em entrevista ao Nossa Voz desta segunda-feira (10), o ex-vereador de Petrolina, Ronaldo Cancão privou-se de comentar sobre a atuação dos 23 parlamentares que compõem esta legislatura da Câmara Municipal. Entretanto, identificou problemas relativos ao Regimento Interno da Casa Plínio Amorim que precisam ser corrigidos com urgência.
“Eu sempre me reservei ao direito de não fazer nenhum juízo de valor de cada vereador, do seu potencial. Vários deles que se elegeram hoje, passaram o tempo todo todinho no rádio falando mal dos vereadores da minha legislatura, mas eu aprendi com as pessoas e esse julgamento quem vai fazer é a população”, afirmou.
Porém, segundo o ex-vereador, existe é necessário revisar as regras que regem o Legislativo Municipal. Ao NV, Cancão elogiou a estrutura física, mas apontou pontos obsoletos na condução dos trabalhos da Casa.
“A Câmara hoje está com uma qualidade de serviço autêntica. É uma evolução na estrutura física. O que espero e tenho cobrado do vereador Aero Cruz, do vice-presidente Manoel, é que uma casa vive de Leis. Há uma caducidade na Lei Orgânica e no Regimento Interno, há remendo que nem pano de circo tem. Nós precisamos evoluir na questão das Leis. É preciso colocar em pauta uma nova redação, que não conflite. Há um conflito entre o Regimento Interno e a Lei Orgânica. A Carta Magna de uma casa legislativa é a Lei Orgânica, então é preciso mudar porque o única ano em que ela foi reformulada foi em 1988, concluindo em 2001, pelo ex-presidente, Chico Freire, a quem quero fazer aqui uma deferência pelo belo trabalho que realizou à frente da Câmara”.
O ex-vereador reconheceu os esforços feitos para mudar essa realidade e afirmou ter know-how para auxiliar nesse processo. “Aero já está com esse intuito de fazer essa correção. A Câmara pagou uma advogado para fazer uma moldagem nova. Tive um papel importante, como relator da Comissão de Justiça e Redação, ajudando nesse debate, estive na Câmara de Belo Horizonte, Câmara de São José dos Campos, de Campo dos Goytacazes, a gente trouxe muito instrumento para que pudéssemos modernizar as Leis da Casa Plínio Amorim. Mas, quanto aos vereadores, o juízo vem da população”, finalizou. (Foto: Katellyn Tavares)