O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso como mentor intelectual do assassinato de Marielle Franco, presta depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (3), na Penitenciária Federal de Brasília, onde está preso.
O depoimento foi marcado após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e depois de o delegado escrever um bilhete, na cadeia, implorando para ser ouvido pela PF.
O blog da Andréia Sadi apurou que Barbosa está “sedento para falar”.
A Polícia Federal considera Barbosa como uma peça-chave para desvendar a atuação do que uma fonte da corporação chama de “máfias que atuam na execução e acobertamento de crimes no Rio de Janeiro”.
Rivaldo foi preso em 24 de março, no Rio de Janeiro, junto dos outros dois mandantes do assassinato da ex-vereadora: o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão.
Os três foram enviados, no mesmo dia da prisão, para a Penitenciária Federal de Brasília. Mas no dia 27, Chiquinho foi transferido para o presídio federal de Campo Grande e o irmão dele, Domingos Brazão, para Porto Velho.
Ronnie Lessa
Em delação premiada, homologada pelo STF em março, Ronnie Lessa, o suspeito de ser o autor dos disparos contra Marielle, afirmou que Rivaldo Barbosa atuou para tentar protegê-los da investigação depois do assassinato.
“Falaram o tempo todo que o Rivaldo estava vendo, que o Rivaldo já está redirecionando e virando o canhão para outro lado, que ele teria de qualquer forma que resolver isso, que já tinha recebido pra isso no ano passado, no ano anterior, ele foi bem claro com isso: ‘ele já recebeu desde o ano passado, ele vai ter que dar um jeito nisso’. Então, ali, o clima já estava um pouco mais tenso, a ponto até mesmo na forma de falar”, relatou Lessa.
Fonte: G1