Cesta Básica custa quase R$ 480,00 em Petrolina, aponta pesquisa Facape

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(Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil)
(Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

A Faculdade de Petrolina divulgou o boletim da cesta básica do mês de agosto. A pesquisa do Colegiado de Economia da FACAPE, aponta um custo maior em Petrolina, comparado a Juazeiro.

Em Petrolina a cesta básica está custando 476,32 e a de Juazeiro está custando 412,50. Juazeiro também foi a que mais reduziu os preços em relação ao mês de Julho com uma baixa de -3,08%, enquanto em Petrolina essa queda foi de -0,4%, gerando a deflação no período foi de -1,47%.

Todos os itens nas duas cidades têm valores acumulados positivos, apresentando aumentos nos últimos 12 meses, tendo em vista a carne como o item que mais custa na cesta, porém o óleo de soja é o campeão de aumento de preços em Petrolina e Juazeiro foi cerca de 53,87% no mesmo período.

O que provocou o aumento

Nos últimos 12 meses, em Juazeiro os alimentos acumulam alta de 13,77%. Em Petrolina, o acumulado é de 29,88%. Nas duas cidades praticamente todos os itens que compõe o custo da cesta básica tem valores acumulados positivos, ou seja, apresentam aumento de preços nos últimos 12 meses. Entre os violões do aumento no custo estão a carne, o arroz, a farinha, o óleo de soja, o feijão, o leite, o açúcar e a banana. “Com a taxa de câmbio atual, favorecendo as exportações, muitos produtores de soja decidiram aumentar as exportações de soja e isso reduziu a quantidade disponível no mercado interno para fazer produtos derivados como o óleo”, explicou o coordenador da pesquisa, professor João Ricardo Lima.

Maria Rozeane de Oliveira percebeu aumento em itens como o café em pó. “A gente comprava de café de 7 reais. Hoje a gente encontra de 11 reais. Está muito caro. A mesma situação está acontecendo com a carne. Todo mês é um susto,” relatou a dona de casa

Uma geada em Minas Gerais atrapalhou a safra do grão e isso fez cair a oferta do produto no mercado. O aumento no preço da carne é por causa das exportações do Brasil para a China que reduziu a quantidade no mercado interno, provocando o aumento de preços.

O professor João Ricardo orienta que o consumidor pesquise antes de comprar porque a diferença de valores pode exceder os 200%.