Nesta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, Petrolina enfrenta chuvas intensas que já mobilizam moradores e autoridades. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta laranja para a região, válido até a manhã de terça-feira (26). O aviso prevê precipitações entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos fortes que podem atingir 100 km/h. Entre os riscos associados, estão cortes de energia elétrica, queda de árvores, alagamentos e descargas elétricas.
Zona rural registra volumes impressionantes
Na zona rural de Petrolina, as chuvas superaram todas as expectativas, trazendo alívio e esperança para os moradores e produtores da região. As medições realizadas pelos próprios agricultores mostram volumes impressionantes:
- Simpatia: 129 mm
- Malhadinha: 150 mm
- Lagoa do Pau Ferro: 92 mm
- Caititu: 58 mm
- Uruás: 150 mm
- Rajada: 39 mm
- Baixa Alegre: 75 mm
- Barra da Água Branca: 120 mm
- Sítio Pixote e Malhadinha: 130 mm
- Lagoa do Espinho (próxima a Baixa Alegre): 75 mm
Algumas localidades, como Malhadinha e Uruás, registraram volumes acima de 150 mm, um cenário raro que encheu barreiros e renovou o otimismo entre os agricultores.
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Na comunidade de Baixa Alegre, a chuva foi motivo de comemoração. Um dos moradores, entusiasmado com o volume acumulado, relatou:
“Bora, bora, bora! Rapaz, aqui foram 115 mm nesse barreiro. Olha o tanto de água que já pegou?! Tá prometendo. Esse ano, parece que, se Deus quiser, o ano que vem vai dar certo. Já encheu a represa! Vai dar pra gente trabalhar 2025 à vontade, se Deus quiser. Que coisa boa, viu?!”
O depoimento reflete o ânimo da população local, que vê nas chuvas uma oportunidade para fortalecer a produção e garantir o abastecimento das criações e lavouras nos próximos meses.
Prejuízos na zona urbana
As fortes chuvas em Petrolina nesta segunda-feira (25) também causaram diversos transtornos na zona urbana, com alagamentos, danos a residências e dificuldades de acesso em várias áreas da cidade. Moradores relatam situações preocupantes e cobram providências do poder público.
Na Rua Barão da Boa Vista, no bairro Gercino Coelho, um morador descreveu o impacto das chuvas:
“Olha a rua daqui de casa, a água na vinda de cima tá correndo forte. Olha a esquina como é que tá. Minha caixinha de esgoto tá cheinha, a água se acumulando nas ruas. É água, menino!”
Na Cohab Massangano, a situação foi tão crítica que um motorista questionou:
“É uma pista ou um rio?”
Um flagrante na área mostra um motociclista tentando atravessar a água acumulada, levando moradores a compararem o veículo a uma moto aquática.
Na Avenida Mário Rodrigues Coelho, via de acesso ao contorno do Posto Asa Branca, o volume de água causou retenções significativas, exigindo atenção redobrada dos motoristas.
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Em Juazeiro, na Rua Lírio da Paz, bairro Jardim Novo Encontro, onde está localizado o Centro Integrado de Atenção à Mulher (CIAM), a água invadiu residências e gerou indignação entre os moradores. O comunicador Ronieverton Almeida desabafou:
“Essa não é a primeira, nem a segunda vez que pedimos uma solução ao poder público. A água está invadindo as casas, e a situação é desesperadora. É necessário aumentar o diâmetro das bocas de lobo e garantir a drenagem correta das águas pluviais no bairro Jardim Novo Encontro. Socorro, poder público!”
Outras áreas de Juazeiro também sofreram com enchentes, como o bairro Monte Castelo, onde o canal que margeia a região transbordou, causando ainda mais prejuízos.
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Em Petrolina, no bairro Mandacaru, a situação é dramática, conforme relatou o morador Domingos em entrevista ao repórter Marco Aurélio, do programa Nossa Voz:
“O bairro tá alagado, as pessoas não podem sair de casa. A água entrou em tudo quanto é lugar. É lama misturada com esgoto. Estamos sofrendo. O poder público precisa ser mais humano e ajudar os moradores mais carentes.”
A Avenida Maria Auxiliadora, principal acesso do bairro, está coberta de lama, dificultando ainda mais a locomoção. Motociclistas relataram quedas enquanto tentavam atravessar as áreas alagadas.
Na Rua das Rosas, no bairro Caminho do Sol, o canal pluvial transbordou, comprometendo ainda mais a infraestrutura local.
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Cobrança por providências
Os moradores de diversos bairros cobram ações imediatas das autoridades para minimizar os impactos das chuvas, como o aumento na capacidade de drenagem e a pavimentação adequada. Muitos relataram que os problemas são recorrentes e que soluções estruturais precisam ser implementadas antes das chuvas para evitar transtornos futuros.
Defesa Civil reforça atendimento e orienta sobre cadastro de alertas
Para garantir uma resposta mais rápida aos chamados e minimizar os impactos das fortes chuvas, a Defesa Civil de Petrolina está com sua central de atendimento em funcionamento 24 horas. O contato pode ser realizado pelo telefone (87) 99132-9568.
Como se cadastrar no sistema de alerta da Defesa Civil
Os moradores que ainda não possuem o serviço de alerta podem se cadastrar de forma simples e gratuita. Confira as opções disponíveis:
Via SMS: Envie uma mensagem para o número 40199, informando o CEP da área que deseja monitorar. O sistema enviará atualizações sobre condições climáticas e alertas de risco.
Telegram: Baixe o aplicativo e pesquise por @defesacivilbrbot. Após acessar o bot, siga as instruções para configurar os alertas.
WhatsApp: Adicione o número (61) 2034-4611 e envie a mensagem “Oi”. O sistema solicitará o cadastro e passará a enviar as informações relevantes.
Além disso, a Secretaria de Infraestrutura, Serviços Públicos e Mobilidade está com equipes nas ruas realizando o monitoramento das áreas mais afetadas e a limpeza de grelhas para facilitar o escoamento das águas acumuladas após as chuvas.