Cidades brasileiras registraram nesta quinta-feira (30) protestos em defesa da educação. Até por volta de 17h30, atos foram registrados em ao menos 85 cidades de 21 estados e do Distrito Federal.
Este é o segundo dia de protestos pelo país contra os cortes anunciados pelo governo federal para o setor. Os atos seguiram pacíficos por toda a manhã, mas houve confusão no início da tarde em Brasília. Durante um princípio de tumulto entre policiais militares e manifestantes, a polícia usou spray de pimenta contra um grupo e um homem foi detido.
Os primeiros atos pela educação no governo de Jair Bolsonaro ocorreram em 15 de maio. Nesta quinta-feira, parte dos manifestantes também protestava contra a reforma da Previdência.
No último domingo (26), em uma onda de protestos que ganhou força após os primeiros atos pela educação, manifestantes foram às ruas em defesa de Jair Bolsonaro. Por volta de 13h daquele dia, 52 municípios de 12 estados e no Distrito Federal estavam tendo manifestações. Nesta terça, no mesmo horário, havia 55 cidades de 18 estados e no DF com atos.
Entenda os cortes na educação
Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,8 bilhões da educação.
Desse valor, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal.
Em maio, a Capes suspendeu a concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio.
Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte já anunciado em março.
Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios. (G1)