“Colchões impróprios e transporte com baratas”: Ronaldo Silva volta a cobrar melhorias na casa de apoio para pacientes de Petrolina

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Durante a sessão desta quinta-feira (17), os vereadores de Petrolina voltaram a discutir a situação da casa de apoio em Recife, que recebe pacientes do município incluídos no Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). O vereador Ronaldo Silva (PSDB) apresentou um requerimento pedindo a troca dos colchões dos leitos e a reforma do imóvel. Segundo ele, os colchões atuais são inapropriados para pacientes, e o transporte também apresenta problemas graves, com relatos de más condições nos veículos, como a presença de baratas. Ronaldo criticou a gestão municipal, afirmando que, em oito anos de governo, não houve melhorias adequadas no local.

Ronaldo ressaltou a gravidade da situação, destacando que os colchões da casa de apoio são impróprios para uso humano: “Samara, aquelas filmagens que nós recebemos dos colchões lá, aquilo não é para ser humano deitar, não, principalmente pessoas doentes.” Ele também criticou o transporte oferecido: “Eu recebo também um vídeo do transporte pelo amor de Deus, Marquinhos, cheio de barata. Isso é pago!” e ainda completou, mencionando que o serviço é cobrado do município: “Isso é pago o transporte para transportar essas pessoas doentes, esses deslocamentos para Recife são pagos.”

Em resposta, o vereador Zenildo Nunes (União) afirmou que o município já avançou na questão, mas que as reformas estão programadas para o início do próximo ano, devido à alta demanda. Zenildo destacou que a casa de apoio cumpre sua função, mas que a administração municipal já planeja melhorias tanto na infraestrutura quanto na mobília: “Não se preocupe que lá vão, a partir de janeiro, tanto os móveis como também a casa ficarão dentro dos conformes. Já tem uma programação para a reforma.”

Ronaldo Silva lamentou a postura do colega, reforçando a gravidade da situação e cobrando ação imediata para resolver os problemas da casa de apoio: “Minha gente, graças ao meu bom Deus que nós temos as nossas boas orelhas para ouvir tanta baboseira que a gente escuta aqui nessa casa. O vereador dizer que o prefeito, com 8 anos que está, não teve condições de trocar esses colchões. Olha aqui a situação, são 12 ou 18 colchões. Nós somos 23 vereadores, cada um dá um colchão, já que o prefeito não pode comprar 18 colchões para essa casa de apoio.” Ele concluiu questionando se o colega dormiria nas condições dos pacientes: “O senhor dorme no colchão desses? Pelo amor de Deus, não brinque com a inteligência das pessoas.”

O presidente da mesa, Aero Cruz (União), sugeriu que a Comissão de Saúde da Câmara se reúna com a Secretaria Municipal de Saúde para discutir o problema e buscar soluções. Além disso, Aero cobrou do governo estadual a instalação de um Hospital Regional em Petrolina, ressaltando que a cidade é a terceira maior do estado e não conta com um hospital estadual: “Petrolina é a única cidade de porte médio-grande que não tem um hospital do Estado. Por que os vereadores não cobram um hospital do estado da governadora? Por que Petrolina não tem? Se aqui tivesse um hospital, as pessoas não precisariam sair daqui em ônibus para ir ao TFD de Recife.”

O vice-presidente da mesa, Manoel da Acosap, reforçou o discurso de Aero, lembrando que a única gerência regional de saúde sem hospital regional é a oitava, que inclui Petrolina e outros municípios da região. Ele destacou que essa situação aumenta a demanda pelo TFD: “A única gerência que não tem um hospital regional é a nossa, a oitava. Já chegou a hora da governadora fazer o Hospital Regional para atender esses municípios, porque a demanda do TFD é muito grande.”

Ronaldo Silva concordou com a cobrança por um hospital regional, mas afirmou que essa demanda está sendo usada como desculpa para desviar a atenção do problema imediato da casa de apoio: “Vocês estão com razão, já era para ter um hospital regional de verdade aqui em Petrolina. Agora, vocês querem cobrar de uma governadora que está há um ano e 10 meses no cargo um hospital regional? Brincadeira um negócio desses. Vocês passaram a vida inteira no comando do estado, e de fato foi feita a UPA, mas é uma questão de prioridade.” Para ele, a prioridade deve ser resolver o que afeta os pacientes agora, como as condições precárias da casa de apoio e do transporte oferecido.