Há quatro anos, o Braço Forte do Sertão descansou. O coração do eterno deputado Osvaldo Coelho, que foi incansável na luta pelo desenvolvimento do Sertão e da transformação produtiva do semiárido Brasileiro, na defesa dos mais fracos, devotado à melhoria de vida através da educação, parou de bater. Peço licença aos leitores para compartilhar um pouco das memórias construídas naquele dia.
Quando ouvi a notícia na noite daquele 1º de novembro de 2015, fez-se um silêncio no mundo. No céu, que passava pelo fenômeno astrológico denominado chuva de meteoros, duas “estrelas cadentes” passaram em sequência. Dali veio a certeza de que ele estava recebendo o devido acolhimento no Plano Superior.
Osvaldo Coelho fez questão de ser enterrado em Petrolina, sua cidade amada e que tanto lhe é grata pelos seus feitos. E gratidão era só o que percebíamos nos rostos, nos gestos, nas lágrimas das pessoas que saíram das áreas mais distantes do município para prestar sua homenagem àquele que sempre lutou por elas. À viúva, Anamaria Coelho e aos seus seis filhos, Patrícia, Guilherme, Ana Carolina, Ana Josepha, Ana Maria e Ana Amélia, uma chuva de carinho, de lembranças, e de agradecimentos.
No fim da tarde, uma multidão acompanhava o cortejo a pé, além das fileiras de carros, motos, bicicletas e cavalos. Tudo bem organizado. O corpo seguiu no carro aberto do Corpo de Bombeiros e por onde passava a comitiva, as palmas eram a trilha sonora.
No cemitério uma legião de admiradores já aguardavam a chegada do Braço Forte do Sertão. Um berrante era tocado sem intervalos. Espontaneamente, amigos, familiares e agregados diziam palavas elogiosas mas, o discurso de Geraldo Coelho tocou ainda mais forte. “Osvaldo você me disse que estava chegando à Petrolina e eu te encontro no caixão”, disse o Trator do Sertão.
Em sua lápide ficou gravado: “Quero ser conhecido como aquele que tudo fez para fortalecer os mais fracos”. Não há dúvidas do maciço reconhecimento.
A sabedoria de Osvaldo Coelho ultrapassa gerações. Sua conduta refletiu sempre as características da água: Transparente, forte e que consegue, cedo ou tarde, superar os obstáculos que surgem em seu caminho. Seguimos buscando o seu exemplo em quatro anos de saudade.