Com a presença de Marina Silva, Vale do São Francisco sedia importantes eventos em defesa da Caatinga

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A Ministra Marina Silva encerrou suas atividades no Vale do São Francisco numa coletiva de imprensa realizada na reitoria da Universidade Federal do Vale do São Francisco. A agenda, realizada nesta segunda-feira (10), começou pela manhã com a Missão Climática pela Caatinga 2024 e contou com atividades realizadas em Juazeiro e Petrolina, celebrando o dia nacional dedicado ao bioma. Além da ministra, o evento reuniu comunidades que vivem na Caatinga e diversas autoridades, com destaque para as presenças do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, do presidente da Sudene, Danilo Cabral, deputados federais, a vice-reitora da Univasf, Lúcia Marize e do secretário executivo da Convenção das Nações Unidas para o combate à desertificação (UNCCD), Ibrahim Thiaw.

Na cidade baiana, o local escolhido foi a Comunidade Tradicional de Fundo de Pasto de Malhada da Areia. Lá foi realizada uma visita guiada a uma área de caatinga e solos degradados e apresentadas tecnologias sociais e práticas de convivência com o semiárido, entre elas “recaatingamento”, projeto de preservação ambiental que busca contribuir para inverter a desertificação do bioma caatinga através do uso sustentável de seus recursos naturais. 

Em Petrolina, no Cineteatro da Univasf, Campus Centro, houve o Ato Político em Defesa da Caatinga e Pelo Enfrentamento à Desertificação. Na oportunidade, representantes de comunidades que vivem na Caatinga, assim como importantes agentes públicos firmaram seus compromissos em defesa do bioma, único no mundo. 

Houve ainda o anúncio do Programa de Cisternas, com investimentos de R$ 300 milhões para 39.117 unidades para armazenamento de água para consumo e 2.894 cisternas de produção, em parceria com os governadores do Nordeste. Também houve o anúncio de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e a Univasf, da ordem de R$ 4 milhões, em apoio aos governos estaduais do Semiárido para atualização dos planos estaduais de combate à desertificação. 

Adesão à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca

O Brasil é o mais recente país a integrar a Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA, na sigla em inglês), a coalizão global que mobiliza capital político, técnico e financeiro para preparar o mundo para secas mais severas. O ato ocorreu em Petrolina, durante o o Ato Político em Defesa da Caatinga e Pelo Enfrentamento à Desertificação.

A adesão brasileira eleva o total de membros da IDRA para 38 países e 28 organizações intergovernamentais e de pesquisa, demonstrando uma disposição cada vez maior para enfrentar um dos riscos naturais mais mortais e onerosos do mundo.

Lançada pelos líderes da Espanha e do Senegal durante a 27ª Cúpula da ONU sobre o Clima (COP27), a Aliança impulsiona ações contra as secas diante do aquecimento global, reconhecendo que é necessário ser tão resilientes às secas e à mudança climática quanto às terras afetadas por esses fatores. O secretariado da IDRA é sediado pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). 

Segundo a Ministra Marina Silva, “a adesão do Brasil à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA) demonstra a determinação do governo em combater a seca e a desertificação, promover a segurança alimentar e hídrica e combater as desigualdades”. —

Karine Paixão
Jornalista
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