A pré-candidata a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) chega à Petrolina nesta quinta-feira (02). Na agenda estão as visitas ao interior do município acompanhada do pré-candidato a deputado federal, Guilherme Coelho (PSDB), e o lançamento da pré-candidatura de Lucinha Mota (PSDB) à deputada estadual.
“Estaremos aí amanhã (02) o dia todo e na sexta pela manhã cedinho e vamos conversar com a população dessa região tão importante para o desenvolvimento do nosso Estado. A gente vai visitar, junto com Guilherme Coelho, com Lucinha Mota, o Perímetro de Irrigação Nilo Coelho, a produção de uva e manga. Quero poder conversar muito de perto com quem faz a força da agricultura, da fruticultura do Sertão do São Francisco. Vamos estar com o dia dedicado à cidade de Petrolina”.
Além de tratar dos temas locais, a pré-candidata a governadora se mostrou solidária às vítimas dos deslizamentos consequentes às chuvas que assolam Pernambuco. A área já contabiliza mais de 100 mortos desde a semana passada. “É muito triste tudo isso que vem acontecendo. As minhas primeiras palavras de fato são de solidariedade a um povo que tem sofrido muito na região metropolitana do Recife, sobretudo. São mais de 100 mortes já confirmadas, alguns corpos desaparecidos. Nós estamos vivendo uma tragédia onde muita gente perdeu os familiares, seus entes queridos, sem o direito de ter o corpo para enterrar”.
Em contato com prefeitos de diversas cidades afetadas como Goiana, Vitória de Santo Antão e Camaragibe, Raquel Lyra confirmou o que já havia identificado como falta de atenção do governo do estado com a infraestrutura dessa região. “Isso é o retrato da falta de política pública e de investimento em urbanização, construção de habitações, no cuidado com os morro e encostas, na proteção com muros de arrimo, com drenagem nas cidades e também com a evacuação da população nas áreas de maior risco e maior fragilidade, o que não foi feito ao longo do tempo e as chuvas vem mais uma vez e revelam toda a precariedade de habitação da região metropolitana do Recife”.
Ciente do seu papel como cidadã, ela tem auxiliado organizações sociais na arrecadação de donativos. “É lamentável, me solidarizo, agora é o momento de uma grande corrente de solidariedade. A gente tem buscado também ajudar, auxiliando na coleta de donativos, apoiando instituições sérias que estão tentando devolver um pouco de dignidade a essas pessoas que perderam tudo que construíram ao longo da vida. Ao mesmo tempo tenho buscado os prefeitos e lideranças a quem tenho acesso, mostrando um pouco do que a gente fez na cidade de Caruaru quando enfrentou enchentes em 2017, os caminhos que a gente construiu, inclusive em parceria com a Universidade Federal para fazer as obras de drenagem em que estamos investido nos últimos tempos. Temos que nos unir com a força de nossa gente para conseguirmos ultrapassar mais esse momento na vida, na história de Pernambuco”.
Questionada sobre a postura do governador Paulo Câmara em não receber o presidente da república, Jair Bolsonaro, que esteve na capital e destinou R$ 1 bilhão para socorrer as vítimas das enchentes e deslizamentos ocorridos no Estado, ela lamentou. “É lamentável porque no momento em que a população está precisando de apoio, de ajuda, quem telefona para quem pouco importa. O que importa é que esteja todo mundo unido porque num momento como esse, não há bandeira eleitoral, não há bandeira partidária. Quando você está numa gestão, eu sempre repeti isso ao longo do tempo, não pode estar discutindo uma questão eleitoral ou de palanque político. Quando a gente ocupa cargo de governo é para cuidar do povo. E num momento de crise e de calamidade como esse que Pernambuco está vivendo, é preciso estar aberto para receber ajuda e construir soluções”.
A ex-prefeita de Caruaru ainda relembrou que durante a pandemia buscou parcerias com o governo estadual, mas não foi atendida. Mesmo assim, conseguiu superar as adversidades e assegurar o atendimento à população caruaruense. “A gente enfrentou isso com o governador Paulo Câmara. Eu busquei muito apoio, durante a pandemia inclusive, e a gente teve muita dificuldade de ter acesso a ele. Não adianta agora também se queixar do contrário. Eu lamento sobre isso, acho que são posturas equivocadas”, analisou.