Com as altas temperaturas, sobem os preços do coco no Vale do São Francisco. A unidade está custando R$0,50. A expectativa é que esse valor aumente ainda mais.
O engenheiro agronônomo Pedro Ximenes tem dez hectares plantados de coqueiros e produz em média 30 mil unidades do fruto por mês. O verão é a época de maior produção e procura pelos côcos.
“Com a chegada do verão, as altas temperaturas, o consumo de frutas de forma geral tende a aumentar. O preço do coco tende a ter um reajuste. Nosso setor na parte de coco, que vende in natura espera um crescimento de pelo menos 50%”, explicou.
O valor do coco custava em média R$0,40 a unidade e no verão costuma chegar a R$1. O que é importante porque os custos para produzir também estão maiores.
“Fertilizantes aumentaram muito de preço, encarecendo os custos de produção. Então temos que ter uma economia na aplicação de fertilizantes, que vai comprometer também na produção. A gente espera que o preço aumente de forma que a gente consiga ter lucro para repor o prejuízo que tivemos nos meses anteriores de baixo preço”.
Em outra propriedade, são seis hectares plantados com coco. Ariel Fernando de Almeida trabalha com o fruto já há cerca de 15 anos, e há dez tem um contrato com uma empresa, para onde ele vende toda a produção. “ A questão do contrato é uma venda que a gente tem, uma venda garantida. A gente já tem o nosso preço, vai procurar cuidar e produzir”.
Em Petrolina, a área plantada de coco é de 2.262 hectares, com uma produção de até seis milhões de frutos por mês. O preço no mercado varia de acordo com as temperaturas climáticas e com a demanda. Nesta empresa, depois de colhido, o coco passa por um processo de limpeza e segue para o envazamento. A produção é vendida para várias cidades do nordeste, quando chega o verão as vendas sempre aumentam.
“A gente já está com 30%, 35% de alta na procura, graças a Deus por conta desse sol que faz o nordeste, realmente começa o pico para procura da água de coco, tanto o nordeste, quanto em algumas partes do país”, esclareceu o dono da envasadora, Joaquim Júnior.
(g1 Petrolina)