Com novo “Sim”, Central de Transplante coordena captação e traslado de órgãos que salvam quatro vidas

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A partir do “sim” de uma família enlutada, a Central Estadual de Transplantes (CT-PE) destacou a logística na captação e na realização de transplantes de coração, fígado e dois rins, nesta quarta-feira (05/02), finalizada com sucesso em meio às chuvas intensas que caíram no Recife. Desde a remoção, no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, até o transporte dos órgãos para a capital pernambucana, feito por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), a corrida contra o tempo e o êxito na entrega contaram com uma cooperação de múltiplas frentes.

Além dos profissionais de saúde envolvidos, dos hospitais e dos coordenados pela CT-PE, um papel importante, ainda, foi protagonizado pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA), que de helicóptero fez o traslado do coração, cuja rapidez para o implante traz o melhor prognóstico para o paciente.

Da base militar, no Bairro do Jordão, o helicóptero do GTA pôde escapar das dificuldades impostas pelo trânsito do Recife, que apresentava retenção e lentidão em diversas partes, em virtude dos grandes alagamentos registrados na cidade. O coração chegou em bom estado ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP-PE), beneficiando uma pessoa que estava na lista de transplantes.

“A chegada no Recife, no momento de grande quantidade de chuva e alagamentos, nos deixou apreensivos. Com relação aos transplantes, tempo é vida. No caso do transplante cardíaco, essa premissa é ainda mais verdadeira. Um coração retirado tem pouco tempo para ser implantado. E esse compromisso do GTA foi determinante. Um esforço coletivo. Desde as equipes dos hospitais, da CT-PE e demais envolvidos, mostra que o trabalho em grupo, organizado, é essencial para que essa cadeia do transplante se encerre com um final feliz”, considerou o gerente da Central Estadual de Transplantes, André Bezerra.

Os três outros órgãos captados no Hospital Universitário de Petrolina também salvaram vidas, nesta quarta. O fígado foi implantado em um paciente no Hospital Real de Beneficência Portuguesa, enquanto o Hospital das Clínicas (HC) transplantou os rins que trouxeram vida nova para duas pessoas acompanhadas na unidade. Nos dias atuais, em Pernambuco, 20 pessoas esperam por um coração; 1.983 por um rim; e 147 por um fígado.

Com índices alarmantes de negativa familiar e uma lista de 3.758 pernambucanos com a necessidade de serem submetidos a um transplante para continuarem firmes escrevendo a sua história, a CT-PE agradece às famílias que, enlutadas, em meio a dor da perda de um ente querido, dizem sim à doação de órgãos.

“Sempre ressaltamos a importância da família. É ela que pode, em meio a dor, tomar uma decisão importante, determinante para a vida de outras pessoas que estão sofrendo, sem saber o dia de amanhã. Esse ato de extrema compaixão ao próximo salvou quatro pernambucanos, nesta quarta, que vão ser beneficiados com órgãos sadios, vão ter suas vidas transformadas e a oportunidade de continuarem escrevendo suas histórias”, concluiu André Bezerra.]

Fonte: Assessoria CT-PE