Com pandemia, Black Friday 2020 deve bater recordes no online

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(Foto: Arquivo/Agência Brasil )
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Uma Black Friday mais digital e com mais compras planejadas. Essa é a expectativa de lojistas e especialistas em varejo para o evento deste ano. A pandemia, que já vem alterando as relações de consumo desde março, também deve ter impactos significativos na maneira como os consumidores vão agir durante a edição de 2020 da queima de estoque para o fim de ano.

Em Pernambuco, shoppings, lojas de rua e plataformas digitais devem oferecer grandes descontos para atrair os clientes. Isso vale especialmente para as lojas físicas, que passaram meses fechadas por causa da crise sanitária. As projeções de aumento das vendas para o evento deste ano estão na maioria entre 10% e 15%, na comparação com 2019. O crescimento deve ser impulsionado principalmente pelos meios digitais.

Para o mestre e doutor em administração Eduardo Cardoso, professor da Estácio Recife, a Black Friday 2020 deve consolidar um movimento que já existia no país, de crescimento do comércio digital. “A pandemia acelerou um processo que aconteceria cedo ou tarde. O e-commerce é um caminho sem volta e isso deve ser reforçado na Black Friday”, pontua. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), entre janeiro e agosto deste ano, as vendas online cresceram 57%. Apesar de o tíquete médio ter reduzido de R$ 420,78 para R$ 398,03, o número de transações efetuadas cresceu 65,7%, indo de 63,4 bilhões para 105,6 bilhões no primeiro semestre de 2020.

A tendência de maior digitalização é percebida nas estratégias dos shoppings de Pernambuco. A maioria criou oportunidades em ferramentas online, descentralizando a possibilidade de compras. O presidente da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), Paulo Carneiro, espera resultados positivos para a Black Friday deste ano, em razão das ofertas que estão sendo preparadas pelos lojistas. Os centros de compras do estado vão oferecer até 80% de desconto em produtos e serviços. Segundo Carneiro, as promoções devem gerar um crescimento nas vendas de 8% em relação à edição do ano passado.

Nos shoppings pernambucanos, estima-se que os clientes vão poder encontrar promoções e boas oportunidades na primeira ação de impacto do varejo depois que os centros passaram a atuar em horário quase igual ao que havia antes da pandemia. “Os shoppings estão preparados, mantendo a atenção aos protocolos de segurança sanitária e de fluxo de pessoas”, afirma.

Na visão do professor do PieR de Negócios especialista em varejo de consumo e shoppings, Rodrigo Braga, a Black Friday de 2020 tende a ser a melhor edição de todos os anos. “Nos shoppings, por exemplo, as vendas estão quase empatando com 2019, mesmo com menor fluxo de pessoas lá. Para este ano, a expectativa é que seja mais digital e mais cedo (não só no dia 27). Os segmentos com maior procura devem ser artigos para casa, eletrônicos e bem-estar, como salões de beleza e centros de estética. Os shoppings que já têm plataforma digital estão apostando nisso e os que não têm vão usar muito as mídias sociais. Em 2020, ninguém deve promover ações que gerem aglomerações, ou seja, não devemos ver aquelas promoções para zerar o estoque em um dia”, diz. (Com informações: Fonte Diário PE)